8 de março: Tocantins tem qualidade legislativa feminina e pode ainda mais

Foto Montagem Gazeta do Cerrado

Maju Cotrim

As lutas diárias femininas passam por várias nuances e uma delas é a política. No Tocantins, os desafios delas que atuam como parlamentares também são diários.

O Tocantins ainda tem uma representação feminina que deixa a desejar quantitativamente mas na qualidade se destaca. Na política, as mulheres têm feito a diferença com seus mandatos em várias áreas e focos. São estilos diferentes de legislar.

Na Assembleia Legislativa são cinco de 24, na Câmara Federal duas de oito e no Senado uma dentre as três vagas.

Passam pelas cinco parlamentares estaduais debates importantes principalmente em projetos voltados para a proteção das mulheres.

A Casa chegou a ser presidida pela 1ª mulher a comandar o Legislativo na história do Tocantins: Luana Ribeiro, a parlamentar que mais emplaca projetos. Jovem e com estilo versátil, Luana tem a autenticidade como uma de suas marcas. A parlamentar é Criativa nas plataformas digitais, derrubou vários rótulos chegando ao quarto mandato.

Do PV, a deputada de primeiro mandato Claudia Lelis também tem um marco já na sua carreira política: foi a primeira vice governadora do Tocantins. Organizada na sua atuação, ela também se destaca pela atuação e variedade de seus projetos.

Ex-prefeita de Araguaína, Valderez Castelo Branco que já chegou a ser apelidada de “mãe dos pobres” é a conciliadora e considerada também a voz da experiência por todos os colegas na Casa de Leis. Outra Marca é ser atenciosa com as demandas de categorias e acessível aos municípios da região norte do Estado.

Superação! Essa é a palavra que define a deputada Amália Santana que há anos segue se recuperando após um AVC. De muletas, mesmo com mobilidade reduzida ano passado teve presença em quase 100% das sessões. Antenada, com uma assessoria que se adequou ao estilo dela, superou as limitações e mantém sua atuação na linha municipalista.

De vereadora a agora deputada, Vanda Monteiro também tem o desafio de comandar o PSL no Tocantins e tem como uma de suas marcas a manutenção de sua identificação com a região sul de Palmas.

Federais

Na espera federal a deputada Professora Dorinha, que preside o Democratas, se consagrou como um dos principais nomes do país na área da Educação ao relatar matérias importantes como o novo Fundeb. Politicamente também se fortalece a cada dia sendo sondada inclusive para outros cenários na política. Enfrenta de maneira firme as batalhas tanto na esfera política local como nas bandeiras da educação.

A deputada Dulce Miranda do MDB na Câmara Federal fortalece sua veia de atuação social desde os tempos de primeira dama do Estado, aliás, com a marca de uma das mais atuantes. A ligação direta com os representantes dos municípios também marca sua atuação.

No Senado está Kátia Abreu, política com vários mandatos e com uma carreira marcada por momentos polêmicos. Conhecida por ser estudiosa de pautas de várias áreas e firme em seus posicionamentos. Foi primeira mulher tocantinense a ser ministra.

Além das deputadas, o Tocantins tem mulheres que vão se consolidando como líderes políticas regionais e estaduais. Na capital, Cínthia Ribeiro foi a primeira mulher a ser reeleita e única eleita dentre as capitais. Na Câmara de Palmas a participação feminina aumentou de uma ano passado para quatro este ano sendo atualmente presidida também por uma mulher, a empresária e professora Janad Valcari.

Sororidade necessária

Além das bandeiras de lutas diversas, a sororidade feminina na política ainda é um desafio no Tocantins com a necessidade de aproximação e amadurecimento de algumas relações com base no diálogo. A união feminina pode superar os revanchismos também na política.

Mulheres na política no Tocantins

Do total de candidatos eleitos em todo o estado em 2020, as mulheres representam 17,7%. A maioria delas tem entre 40 e 44 anos e 56,9% possuem curso superior completo.

Em janeiro deste ano , 281 mulheres assumiram uma cadeira nas prefeituras e câmaras municipais do Estado – 1,7% a mais do que o registrado nas Eleições Municipais de 2016. Ao todo, 20 mulheres foram eleitas prefeitas e 32 vice-prefeitas. Já as câmaras municipais contam com 229 vereadoras.