Não tem meta específica do Ministério da Saúde e também expectativa de atendimento, porque é uma faixa etária que já tem que estar vacinada. Ainda assim, a Prefeitura de Porto Nacional através da Secretaria Municipal da Saúde, insiste na imunização contra o Sarampo, de crianças e jovens de 5 a 19 anos, cumprindo a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo. Seiscentas (600) doses da vacina Tríplice Viral foram recebidas da Secretaria de Estado da Saúde.
A primeira etapa da Campanha iniciou nessa segunda-feira, 10, e vai até o dia 13 de março. O “Dia D” de mobilização nacional será no dia 15 de fevereiro.
As vacinas estão sendo disponibilizadas em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Município: Distritos de Escola Brasil, Pinheirópolis e Luzimangues (UBS e Unidade Mista de Saúde Portal do Lago). Em Porto Nacional será na UBS Ceiça (centro da cidade), Viviane Pedreira ou Vila Nova 2 (setor Irmã Edila), Isadora Chaves de Moura (Vila Operária), Maria Lopes (Porto Imperial) e na Nana Prado (Jardim Municipal).
O objetivo da imunização desse público-alvo é o resgate de todos aqueles que ainda não vacinaram ou que estão com o esquema de vacinação incompleto, para o Sarampo. Na oportunidade, as equipes de plantão estarão atualizando as vacinas que possam estar pendentes.
Em dezembro de 2019, a Campanha de Vacinação contra o Sarampo em Porto Nacional, para as crianças com faixa etária de 6 meses a menores de 1 ano de idade, superou a meta estabelecida pelo Governo Federal para o Estado do Tocantins, em 98,53%.
Ministério da Saúde
A meta será vacinar 3 milhões de crianças e jovens de 5 a 19 anos. O “Dia D” de mobilização servirá para alertar os pais e responsáveis sobre o risco de não vacinar os filhos.
A vacinação é um direito previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e que a falta de proteção contra doenças põe a vida das crianças em risco. Nesses casos, os pais podem ser multados e até perder a guarda das crianças.
Segundo o Ministério, foram encaminhadas, neste ano, 3,9 milhões de doses da vacina tríplice viral aos Estados. O número corresponde a um aumento de 9% no volume de doses que foram solicitadas.
De acordo com os números de registros da doença, em 2019 foram registrados 18,2 mil casos de sarampo em 526 municípios. Em São Paulo, foram registradas 14 mortes e uma em Pernambuco. O maior número de casos também foi registrado em São Paulo, 16 mil.
A campanha de vacinação faz parte de uma estratégia nacional para interromper a transmissão do sarampo e eliminar a circulação do vírus. As duas primeiras etapas ocorreram no ano passado.
Em 2020, estão previstas mais duas. A primeira, entre junho e agosto para o público de 20 a 29 anos de idade, e outra, também em agosto, para a população de 30 a 59 anos de idade.
Tríplice Viral
Grávidas, crianças menores de seis meses de idade, casos suspeitos de sarampo e pacientes imunocomprometidos não devem receber a vacina. A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba.
Comprometimento
O trabalho diferenciado realizado pelos profissionais de saúde, com destaque às equipes de Vigilância, da Estratégia em Saúde da Família, além dos técnicos e auxiliares da sala de vacinação de Porto Nacional contribui positivamente com o cenário da cobertura vacinal contra o sarampo.
Brasil sem Selo
Após registrar casos de sarampo em 2018, o Brasil perdeu a certificação de país livre da doença, conferido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O certificado havia sido obtido em 2016. Para perdê-lo, é preciso haver transmissão sustentada, ou seja, a ocorrência de um mesmo surto por mais de 12 meses.
Foi o que aconteceu no país, em fevereiro de 2018, quando se registrou um surto do vírus, vindo da Venezuela. Ao longo do mesmo ano, segundo os dados oficiais, foram confirmados 10.326 casos — houve surtos no Amazonas e em Roraima.
Em 2019, até 19 de março, foram registrados 48 casos no país. Um caso de sarampo endêmico ocorrido no Pará em 23 de fevereiro de 2019 foi o marco que levou à perda do certificado da Opas.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, atribuiu o problema a baixas coberturas vacinais no país. Segundo ele, após um pico em 2003, a cobertura vacinal caiu para cerca de 80% no ano passado, em média. O patamar preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95%.
Fonte: Secom Porto Nacional