Familiares do lanterneiro Flávio Nunes Leite, de 28 anos que morreu após uma discussão no trânsito quer justiça. Os parentes registraram a ocorrência na corregedoria da polícia militar. A irmã da vítima, Lucilene Nunes, quer justiça “O motorista do carro da frente já foi se identificando, falando que era policial e apontando para ele uma arma. Meu irmão correu, no ato que ele correu, o suposto policial saiu correndo atrás dele, meu irmão caiu dentro de uma vala. Mesmo dentro de uma vala ele não teve piedade, ele atirou sem dó”.
Testemunhas afirmam que após ser baleado, Flávio, caminhou alguns metros e caiu. Ele ficou por cerca de dez minutos agonizando e pedindo socorro até a chegada do Samu. Um vídeo mostra o local onde o crime aconteceu. A família da vítima diz que as imagens são do dia do crime e elas mostram um projétil.
Mãe da vitima, Dona Apolinaria Leite , está inconformada e não consegue parar de chorar. “Meu filho não era ladrão, não era vagabundo. Meu filho viveu do trabalho para casa, entendeu. Porque que esse homem fez isso com ele sem motivo?”.
Flávio morreu no hospital. A família também afirma que o salário dele, de R$ 1 mil, teria desaparecido após ele ser baleado.
Soldado é afastado
A Polícia Militar informou que decidiu afastar o soldado Alisson Rocha de Barros das funções. Ele é suspeito de matar o lanterneiro Flávio Nunes Leite, de 28 anos, após uma discussão no trânsito. Flávio teria atingido a traseira do carro que Alisson Rocha dirigia.
A PM disse que além de afastar o militar, também está com um procedimento interno aberto investigando o caso e que vai apurar as declarações da família. A Divisão de Homicídios, que investiga o caso, disse que aguarda os laudos para concluir o inquérito. A Secretaria de Segurança Pública não informou o motivo pelo qual o projétil que aparece no vídeo não foi recolhido
(Com informações do G1 TO)