Em defesa da vida, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) pede que o governo estadual suspenda as convocações dos profissionais da educação, mantenha o trabalho remoto e somente quando possível discuta com a categoria a reorganização do calendário escolar.

O Sindicato afirma que os servidores administrativos, coordenação pedagógica, direção, nas escolas e diretorias regionais de ensino foram convocados para voltar ao trabalho.

A medida deve ser tomada com urgência. O pedido foi feito pelo Sindicato à Secretaria Estadual da Educação (SEDUC) e ao Comitê de Crise para Prevenção do Covid-19 para garantir a segurança sanitária dos servidores da Educação nos seus respectivos locais de trabalho. O Sindicato alega que a Seduc convocou os profissionais mesmo com as aulas suspensas.

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Segundo afirma o Sindicato, Esses trabalhadores retornaram para os seus postos de trabalho sem necessidade aparente e expondo-os ao contágio. Eles chegaram a alegar ainda que o Estado não está oferecendo as condições mínimas de segurança, como equipamentos de proteção individual, desinfecção dos ambientes, etc.

Neste momento de aumento do número de infectados pela COVID-19 no Estado, a medida inclusive vai contra os decretos do próprio governo estadual. Há oito dias o sindicato enviou um ofício para a Secretária Estadual de Educação, Adriana Aguiar alertando sobre a situação e até o momento os trabalhadores da educação estão sem resposta, apreensivos e à mercê em plena pandemia, segundo o sindicato.

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Para o Sintet, a exposição desnecessária dos profissionais da educação pode levar a contaminação. “Não é tempo de flexibilizar o distanciamento social e expor os profissionais da educação ao risco de serem contaminados. O Governo do Tocantins poderá ser responsabilizado pelas vidas que podem vir a ser perdidas em função da pandemia”.

De acordo com o decreto do Governo Federal (nº 10.329, de 28/04/2020), a educação não configura serviço essencial durante a pandemia da COVID -19.

O Sintet também estará comunicando as prefeituras municipais, para que neste momento de pandemia, não convoque os profissionais da educação. “Não é hora de voltar”!