1 milhão de tocantinenses vivem sem esgoto no TO — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Com uma população estimada em 1.577.342 habitantes, o Tocantins enfrenta um grave déficit de saneamento básico. De acordo com dados do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS) de 2022, cerca de 970.348 pessoas no estado, ou 61,5% da população, não têm acesso à coleta de esgoto. Além disso, 89.180 moradores ainda vivem sem acesso à água potável.

No contexto da região Norte, que abrange mais de 127 milhões de habitantes, os números também são alarmantes: cerca de 6,5 milhões de pessoas vivem sem acesso à água potável e quase 15 milhões não têm coleta de esgoto. Apenas 19,8% do esgoto gerado na região é tratado, demonstrando a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura básica.

Impactos na saúde

A precariedade no saneamento reflete diretamente na saúde pública. Dados do DataSus de 2022, apresentados no Painel Saneamento Brasil, indicam que mais de 32 mil pessoas foram internadas na região Norte devido a doenças relacionadas à falta de saneamento. O custo total dessas internações ultrapassou R$ 12 milhões, resultando em 228 óbitos.

Desafios e compromissos

Conforme o Novo Marco Legal do Saneamento Básico, o Brasil firmou o compromisso de alcançar, até 2033, a universalização do saneamento, com 99% da população tendo acesso à água potável e à coleta e tratamento de esgoto. Para atingir essa meta, o Tocantins e outros estados da região Norte precisam priorizar o setor por meio de investimentos robustos e políticas públicas eficientes.

Especialistas apontam que a universalização do saneamento básico pode transformar a região, reduzindo os custos com saúde pública, melhorando a qualidade de vida da população e gerando benefícios sociais e econômicos a longo prazo.