Há um ano, o submarino argentino ARA San Juan, que levava 44 tripulantes, perdia contato com os centros de comando e desaparecia no Oceano Atlântico. As buscas feitas à época foram infrutíferas, mas o Ministério da Defesa e a Marinha da Argentina informaram que a embarcação foi localizada hoje.
O submarino está a 800 metros de profundidade, em uma região de cânions (que são como rios submarinos), a uma distância de 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia, onde fica o centro de operações da busca. O local é bastante próximo à posição em que uma anomalia hidroacústica consistente com uma explosão havia sido detectada há um ano.
De acordo com o jornal Clarín, as primeiras informações oficiais dizem que o submarino está o casco “totalmente deformado, colapsado e implodido” e sem “aberturas significativas”. O veículo também publicou as primeiras fotos da embarcação no fundo do mar. Segundo a Marinha da Argentina, a área onde a embarcação foi localizada é de “visibilidade bastante reduzida”. O órgão das Forças Armadas do país também diz que o submarino sofreu uma implosão.
O ARA San Juan fez contato com as centrais de comando pela última vez em 15 de novembro de 2017. Naquele dia, foram oito comunicados, informando sobre uma falha nas baterias e sobre um incêndio causado por um curto-circuito. A tripulação voltava do porto de Ushuaia, no extremo sul do país, onde havia realizado exercícios militares, para a base naval de Mar del Plata.
As buscas nos dias seguintes mobilizaram aeronaves e 30 navios, mas a embarcação não foi encontrada. As buscas foram suspensas no dia 30 daquele mês, e, em dezembro de 2017, o ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, declarou que os 44 militares a bordo estavam mortos.
A pressão de familiares dos tripulantes levou o governo argentino a contratar a empresa norte-americana Ocean Infinity para procurar o submarino, sob a condição de receber US$ 7,5 milhões apenas se encontrasse a embarcação. Segundo a BBC, a companhia chegou a anunciar que abandonaria as buscas ao menos temporariamente, mas permaneceu após descobrir um novo “ponto de interesse”. O robô submarino do navio Seabed Constructor — que também foi usado na busca pelos destroços do voo MH370 — emitiu na quinta-feira um sinal na área onde o ARA San Juan foi encontrado.
A Marinha da Argentina diz que ainda não há previsão de iniciar trabalhos de resgate. Segundo Aguad, o país não tem tecnologia para trazer o submarino de volta desta profundidade.
Fonte: Gizmodo Brasil