Larissa Marra – Jornalista Gazeta do Cerrado
A Gazeta do Cerado fez um levantamento junto com a Secretaria de Segurança Pública em relação ao número de casos de violência doméstica no Tocantins, no período de 2016 a 2019.
Os dados apresentam uma queda em relação aos casos de homicídio doloso, que em 2016 foram registrados 38, já em 2019, 17 casos. Já em relação as tentativas de homicídio também houve uma queda, em 2016 eram 70 casos e em 2019, foram 63.
Os dados referentes ao feminicídio e tentativa de feminicídio dos dois primeiros anos não foram divulgados, mas o gráfico aponta que no último ano foram registrados 5 e 8 casos.
Houve aumento no número de estupro de 438 para 651 registros e tentativa de estupro no último ano foram de 54 casos. As lesões corporais dolosas também aumentaram, em 2019, foram 2.606 casos, se comparado a 1.586 em 2016.
O gráfico mais alarmante está no registro de ameaças, que no ano passado foram de 6.104, ou seja, 56% maior que comparado ao ano de 2016.
Casos de Feminicídio no Tocantins
Dentre os casos mais polêmicos de feminicídio no Tocantins estão o da professora Danielle Cristina Lustosa Grohs que foi encontrada morta na casa onde morava em dezembro de 2017. Onde o ex-marido, o médico Álvaro Ferreira da Silva é suspeito de assassinato. E o da jovem Patrícia Aline dos Santos, que foi encontrada morta com três tiros, próximo ao shopping, em um matagal na quadra 107 norte, em Palmas. O responsável pelo crime foi o seu namorado, Iury Itallu Mendanha.
Disque-denúncia 180
A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180 – é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas, desde 2005.
O Ligue 180 recebe denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário.
A Central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela).
Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para a Segurança Pública com cópia para o Ministério Público de cada estado. Para isso, conta com o apoio financeiro do Programa ‘Mulher, Viver sem Violência’.
Ele é a porta principal de acesso aos serviços que integram a Rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha, e base de dados privilegiada para a formulação das políticas do governo federal nessa área.