A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) destinou mais de R$ 6 milhões em emenda parlamentar para zerar a fila de cirurgias de cataratas em todo o Tocantins. Os recursos da ação “Tocantins – Catarata Zero”, lançado pela parlamentar, são suficientes para operar 6.703 pessoas no estado que aguardam para realiza r o procedimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Cinco cidades – Palmas, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso e Tocantinópolis – receberão inicialmente os recursos porque ainda possuem Limite Financeiro de Média e Alta Complexidade (Teto MAC) (veja tabela abaixo). Esses municípios serão referência e atenderão a pacientes dos 139 munic&iacut e;pios o estado.

RegiãoProcedimentosValor (R$)
Gurupi1.4461.294.401,36
Palmas2.0271.814.489,32
Paraíso do Tocantins429384.023,64
Porto Nacional1.2371.107.312,92
Tocantinópolis1.5641.400.030,24
TOTAL6.703R$ 6.000.257,48

Os recursos foram alocados apenas nas cinco cidades porque, a pouco mais de dois meses do fim do ano, diversos municípios não têm mais teto MAC e, portanto, não estão mais aptos a receberem o recurso este ano.É o caso das cidades de Araguaína, Dianópolis, Colinas, Guaraí, Araguatins e Pedro Afonso.

Ainda que não recebam diretamente o recurso, os 139 municípios do estado terão suas cotas definidas pela senadora Kátia Abreu para que os prefeitos consigam encaminhar os pacientes incluídos na regulação à cidade de referência mais próxima. Em 2020, a parlamentar continuará alocando r ecursos para atender a 100% da demanda de cirurgias de catarata.

“Com os recursos de emendas parlamentares que me cabem em Brasília, minha intenção é zerar a doença de catarata no Tocantins. É uma intervenção simples, porém capaz de devolver qualidade de vida às pessoas”, afirmou a senadora.

Demanda
Em um levantamento inicial junto à Secretaria de Saúde do Tocantins, foram mapeadas cerca de 6 mil pessoas à espera de cirurgia de catarata no estado. O número ainda é impreciso e poderá aumentar, já que, devido à escassez de recursos, o procedimento não é realizado rotineiramente pelos mun icípios. Palmas e região concentram a maior parte das demandas, com aproximadamente 2.000 pacientes. Pelas regras do SUS, esse tipo de cirurgia é regulada e executava pelos municípios.

Com o andamento da ação “Tocantins – Catarata Zero” ao longo de 2019 e 2020, a senadora espera que as prefeituras levantem precisamente o número de pacientes com a doença e os encaminhe à regulação. Kátia Abreu garantiu que haverá recursos suficientes para zerar toda a demanda do estado.

A senadora lembrou que os municípios deverão cadastrar as clinicas oftalmológicas das suas cidades que estão aptas a operarem pelo SUS e preencham os requisitos técnicos para receberem os pacientes. As cirurgias serão pagas de acordo com a tabela SUS, ao valor de R$ 895,16 cada.

Próximo passo
Ainda em novembro, a senadora Kátia Abreu vai reuni, em Palmas, os prefeitos das regionais referenciadas para organizar a logística e a parte operacional da ação, que conta com a colaboração do Dr. Fernando de Oliveira Borges, presidente da Sociedade Tocantinense  de Oftalmologia.

A doença
A catarata é uma lesão ocular que torna o cristalino do olho opaco e deixa a visão embaçada, como se houvesse uma névoa diante dos olhos, comprometendo a visão. O único tratamento é a cirurgia, que é simple s, rápida e feita sob anestesia local, sem incidência significativa de complicações. No procedimento, o cristalino danificado é substituído por uma lente artificial que recupera a função perdida.