Menor sofria com os estupros desde os 10 anos; Homem foi preso em Novo Acordo
Segundo um levantamento feito pela Gazeta do Cerrado em março de 2020, o número de estupros aumentou no último ano no Tocantins.
Com insegurança, muitas vezes as vítimas precisam conviver com medo e com seus agressores. Os abusadores e estupradores são irmãos, conhecidos, amigos de família, avós, pais. Não importa quem, a pessoa que abusa se sente no direito de violentar corpos vulnerais e frágeis.
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Infelizmente nesta segunda-feira, 6, mais uma vítima da sociedade machista entra para uma triste estatística e realidade brasileira que é refletida no Tocantins.
Uma adolescente de 13 anos de Novo Acordo, na região central do Tocantins, tomou coragem após sofrer estupros desde os 10 anos de idade e colocou o pai na cadeia.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Vladimir Bezerra de Oliveira, a própria filha denunciou o familiar. Ela contou que o pai cometia os abusos e estupros mediante ameaça de armas branca e de fogo.
O suspeito tem 34 anos e não teve o nome divulgado, mas ele passou por exames e foi levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas.
Vladimir disse ainda que após a prisão do pai, as investigações continuam e serão intensificadas para saber se mãe da adolescente tinha conhecimento dos abusos tanto físico como psicológico.
Disque 180
A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180 – é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas, desde 2005.
O Ligue 180 recebe denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário.
A Central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela).
Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para a Segurança Pública com cópia para o Ministério Público de cada estado. Para isso, conta com o apoio financeiro do Programa ‘Mulher, Viver sem Violência’.
O canal de denúncia é a porta principal de acesso aos serviços que integram a Rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha, e base de dados privilegiada para a formulação das políticas do governo federal nessa área.