Covaxin – Foto: Bhatnagar/NurPhoto via Getty Images

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (13) os testes da vacina contra Covid-19 Covaxin (BBV152) em voluntários no Brasil. De acordo com a Anvisa, a solicitação do estudo foi feita pela empresa Precisa Farmacêutica, que é parceira da fabricante da vacina, a empresa de biotecnologia indiana Bharat Biothec.

No Brasil, a Covaxin ainda não conseguiu a certificação de boas práticas, emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre os problemas apontados estão questões sanitárias, de controle de qualidade e de segurança na fabricação da vacina.

A certificação é um dos requisitos para o registro de um medicamento ou vacina no Brasil. Farmacêuticas como a Pfizer, a Janssen, do grupo Johnson, a Sinovac, que desenvolveu a CoronaVac, e a AstraZeneca, responsável pela produção da vacina de Oxford, já receberam a certificação da Anvisa.

A negativa da Anvisa afeta o cronograma de doses previstas pelo Ministério da Saúde, que assinou um acordo para compra de 20 milhões de doses do imunizante em fevereiro.

Eficácia preliminar

 

A Covaxin apresentou eficácia geral de 78% nos casos sintomáticos e de 100% em casos graves, segundo dados divulgados pela Bharat Biotech e pelo Conselho de Pesquisa Médica da Índia (ICMR).

Os dados fazem parte da segunda análise provisória de testes clínicos de fase 3. A primeira análise provisória foi feita em março deste ano e apresentou eficácia de 81%. Os resultados de segurança e eficácia da análise final estarão disponíveis em junho.

Em janeiro, clínicas privadas divulgaram que estavam negociando com a Bharat Biotech a compra de 5 milhões de doses da vacina indiana. O imunizante foi aprovado para uso emergencial na Índia no começo do ano.

Foto: G1