A Copa América foi uma mostra de como as seleções sul-americanas, incluindo até mesmo o campeão Brasil, estão devendo e muito em qualidade técnica. Com Neymar ausente por conta de lesão, e o argentino Lionel Messi tendo que carregar nas costas um peso muito maior do que já estava acostumado em sua seleção, o espetáculo ficou longe de ser um dos melhores para os espectadores – principalmente em comparação com o futebol praticado no pós-Copa do Mundo na Europa.

Tratando-se apenas da seleção brasileira, a ausência de Neymar foi tratada como uma “benção” para o time de Tite. O astro “rebelde” e problemático não mais atrairia para si todas as atenções, e permitiria dentro de campo que seus companheiros brilhassem de maneira muito mais acentuada devido a falta de necessidade de ajustes para encaixar Neymar em esquemas táticos.

Na prática, isso significou tão somente um futebol de qualidade apenas boa o bastante para bater as seleções vizinhas que não estavam em seus melhores dias. Claro que nada pode tirar o crédito de destaques individuais como Éverton e Gabriel Jesus, o último redobrando seu trabalho de costume para eliminar as dúvidas sobre suas qualidades como jogador. Mas o time não jogou melhor sem Neymar no campo, como era o esperado.

Confira a matéria do corte de Neymar: https://gazetadocerrado.com.br/neymar-e-cortado-da-selecao-brasileira-e-esta-fora-da-copa-america/

O retorno do garoto Ney

Seu retorno aconteceu na última “rodada” de jogos de seleções, onde o Brasil enfrentou as seleções da Colômbia e do Peru em amistosos de preparo para as eliminatórias da Copa do Mundo. E ainda que os resultados não tenham sido os melhores, a presença de Neymar no campo trouxe aquele elemento a mais no campo que era marcadamente ausente quando o mesmo não estava dentro das quatro linhas.

É evidente que Neymar está longe de ser um jogador perfeito. Mas suas performances também deixam claro que as chances de título da seleção, onde as ofertas de apostas de Futebol com a Betfair colocam o Brasil como favorito à ganhar a próxima Copa do Mundo, passam principalmente pelos seus pés.

Uma grande forma de exemplificar tal mutualismo é por meio da sua relação com o seu atual clube, o Paris Saint-Germain. Durante o verão europeu, Neymar e seus agentes fizeram tudo o que podiam para arrumar sua saída da França em um retorno para o Barcelona, na Espanha. Por conta disso, o jogador ficou afastado de jogos e presumidamente do elenco enquanto sua situação extracampo não fosse resolvida: ou com sua venda em definitivo, ou com sua estadia sendo confirmada pelo menos para a temporada atual.

E o acordo de venda?

Acabou que Neymar teve de ficar em Paris, pois os clubes não conseguiram arrumar um acordo quanto ao valor de uma transferência do astro que custou 222 milhões de euros aos parisienses em sua saída do Camp Nou. E no seu primeiro jogo, sob protestos claros da torcida de casa, contra o Strasbourg, Neymar marcou um gol de placa para levar seu time a vitória já nos minutos finais da partida.

Indispensável?

Momentos como este são mostras claras da qualidade de Neymar que são indispensáveis para seus times em suas ambições por títulos. Em outro paralelo que pode ser feito, o PSG conseguiu levar o troféu do Campeonato Francês para casa mais uma vez, mesmo sem contar com Neymar por boa parte da temporada passada. Mas sua ausência foi bem sentida na eliminação do time para o Manchester United na Liga dos Campeões, onde o time inglês reverteu em Paris a derrota por 2 a 0 em casa com uma vitória de 3 a 1 conquistada nos acréscimos.

Desta forma é que Neymar consegue fazer com que seus críticos tenham que pisar no freio quando vão muito longe nas avaliações do astro sobre os fatores dentro e fora do campo que envolvem a sua figura. Agora, resta a nós torcer para que o atacante chegue em 2022 não só com a gana de ganhar títulos, mas também com a maturidade de ser finalmente mais que um líder técnico em nossa seleção.