Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado

A polêmica do aumento na tarifa do transporte público de Palmas continua. O novo valor entra em vigor a partir desta segunda, 25, e o reajuste é motivo de reclamação dos usuários. Apesar do preço subir de R$3.50 para R$ 3,75, a Prefeitura da capital anunciou a redução da frota, cerca de 10 ônibus. Esse é o segundo reajuste em um ano.

Além disso, a Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL) de Palmas, disse que o reajuste pode causar prejuízos ao comércio, tendo em vista que o empresário vai gastar mais com vale-transporte dos funcionários. Como mostrado anteriormente pela Gazeta do Cerrado, o presidente da CDL, Silvan Portilho, disse que o novo valor não é bom para o lojista.

“Todo custo que aumenta é ruim para o comércio. Por exemplo, se um empresário tem 10 funcionários esse aumento vai significar em média, 3 mil reais no fim do ano, então é um custo muito alto para as empresas. A CDL, assim como outras entidades,  participou de reuniões quando estavam planejando aumentar e a posição sempre foi contra o acréscimo no valor. Apresentamos nossos pontos e graças a participação das entidades esse valor não foi maior que R$3,75 ”.

Nossa equipe entrou em contato com a Prefeitura de Palmas para que pudesse se posicionar sobre as duas ações, tanto a diminuição da frota como sobre a afirmação da CDL, de o novo aumento causar prejuízos.

Em nota, a prefeitura informou que não será na frota de ônibus que circula regularmente pela cidade. Disse também que o transporte coletivo da capital, conta com 77 linhas que operam inclusive na zona rural de Palmas. Eles afirmaram ainda que o usuário não será prejudicado.

Sobre a Câmara de Dirigentes e Lojistas, a administração municipal informou que o tema foi amplamente discutido no Conselho de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transporte (CMAMTT), inclusive com a participação da CDL, confirmam a lisura e transparência da gestão. Disseram ainda que o aumento, representa 2,29%, abaixo da inflação.

Confira na íntegra as notas

Nota sobre a redução da frota na capital

Sobre a diminuição da frota a A Prefeitura de Palmas informa que a redução não será na frota de ônibus que circula regularmente na Capital. Hoje o transporte coletivo de Palmas circular em todos os pontos da cidade, inclusive na zona rural. Os 10 ônibus da frota reserva, são aqueles ônibus que ficam guardados na garagem caso haja uma eventualidade, portanto das 77 linhas de ônibus que operam na capital continuam operando normalmente com os mesmo horários e itinerários sem nenhum prejuízo ao usuário. A frota de ônibus na Capital conta com 100% dos veículos com sistema de acessibilidade para portadores de necessidades especiais de locomoção e aproximadamente 50% de sua frota tem ar-condicionado e neste ano, 23 novos abrigos foram entregues a população.

Nota sobre a Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL) de Palmas

Sobre o posicionamento da Prefeitura em relação a CDL afirmar que o aumento pode trazer prejuízos para o comércio: A Prefeitura de Palmas informa que o tema foi amplamente debatido. E que a participação de todos inclusive da CDL nas reuniões do Conselho de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transporte (CMAMTT) confirma a lisura e transparência da gestão em estudos mostrando que o que mais pesou neste aumento foi o vencimento da medida provisória que isentava o ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o óleo diesel, imposto este que representa 17 centavos sobre a tarifa. O reajuste da tarifa representa na prática um aumento de 2,29%, percentual abaixo da inflação, uma vez que nesse reajuste somasse 4,86% do ICMS. O cálculo tarifário leva em conta todos os custos que são rateados pelos passageiros pagantes. A Prefeitura tentou junto ao Executivo estadual nova isenção do ICMS sobre o combustível, mas com a instabilidade política isso não foi  possível.