Mesmo entre países subdesenvolvidos há uma corrida para receber os veículos autônomos. Na Índia, a Intel faz coleta de dados viários que vão resultar num banco de dados e em novos algoritmos para orientar o transporte sem motorista. Startups como Flux Auto e Hi-Tech Robotic Systemz fazem avançar a tecnologia local. A China autorizou, no início de 2019, vários tipos de testes. Quase 200 quilômetros de vias estão disponíveis para as experiências, conduzidas principalmente pelo Baidu. As iniciativas vão fazer esses países disputarem posições melhores no ranking dos mais preparados para os veículos autônomos, feito anualmente pela KPMG.
A pesquisa usa 25 critérios, como qualidade das estradas, cobertura 4G e difusão de carros elétricos. Este ano, o Brasil ocupa o último lugar, na 25ª posição, atrás de Rússia, México e Índia. “Ainda lidamos com questões básicas, como faróis que não funcionam e ruas esburacadas”, diz Maurício Endo, sócio-líder de infraestrutura da KPMG no Brasil. O país tem nota zero nos critérios investimento público e agilidade regulatória. No ano passado, havia ficado em 17º lugar — mas os outros países aceleraram.
Nas ruas
A Noruega permitiu testes com veículos autônomos nas ruas das cidades; micro-ônibus sem motorista já começaram a operar em Oslo e outros municípios do país.
Carona de robô
O governo holandês anunciou a criação de leis para o tráfego de carros autoguiados, incluindo uma licença especial para os profissionais que acompanham os testes.
Tóquio 2020
Projetos piloto no Japão avançam para que durante a Olimpíada de Tóquio, no ano que vem, vans e ônibus sem motorista já estejam em circulação.
Bilhões privados
Nos Estados Unidos, a Ford criou um novo departamento para desenvolver carros autônomos, com investimentos programados de US$ 4 bilhões até 2023.
Ações públicas
O governo da Austrália criou uma secretaria para novas tecnologias de transporte; o Legislativo fez suas recomendações.
Carga pesada
A startup sueca Einride e o grupo alemão DB Schenker iniciaram testes com caminhões autônomos na Suécia.
fonte: Época Negócios