Foto – Raíza Milhomem
Palmas já confirmou mais de 1.650 casos de dengue em 2022. Segundo a Prefeitura, o número é referente aos diagnósticos registrados até o dia 15 de fevereiro. Os dados apontam uma média de 275 casos por semana. A prefeitura afirma que tem intensificado o combate ao Aedes aegypti e pede que a população não deixe recipientes com água parada.
O funcionário público Márcio Batista e a filha estão entre os pacientes que tiveram a doença neste ano. O homem precisou ficar internado. “Mesmo tomando os antitérmicos ainda permanecia tendo febre. Foi assim durante o dia todo. A noite o negócio agravou, tive uma convulsão, fiquei uns 5 minutos desmaiado até que retornei e fui direto para o hospital”, lembrou.
Eduarda Barros, de 14 anos, também teve fortes sintomas. “Senti muita dor no corpo, mal estar, muita fraqueza, dor atrás dos olhos. Tive febre”, disse.
A família foi picada mosquito transmissor da dengue mesmo tendo o quintal limpo e sem água parada. O problema é que esta não é a realidade de toda a vizinhança. Em uma casa abandonada ao lado é possível ver sujeira e locais em que o inseto é capaz de se reproduzir. “Do que adianta a gente se esforçar no sentido de manter a nossa casa livre do mosquito, mas o nosso vizinho não contribui e assim toda a vizinhança pega dengue”, reclamou Márcio Batista.
Os números de notificações e confirmações da doença até a primeira quinzena de fevereiro aumentaram significativamente se comparado com o mesmo período do ano passado. Veja os dados repassados pela prefeitura de Palmas:
Casos notificados em Palmas
- 2022 – 6.058
- 2021 – 232
Casos confirmados em Palmas
- 2022 – 1.650
- 2021 – 28
prefeitura de Palmas afirma que equipes de saúde estão intensificando o combate ao Aedes aegypti para conter a doença. Entre as medidas está o uso de inseticida no carro fumacê, que percorre quadras de da capital, e o ingresso forçado nos imóveis abandonados.
Sobre a casa com quintal sujo, Secretaria Municipal de Saúde informou que existe uma fila de espera e que o dono pode ser notificado. “O fiscal de posturas vai com a gente até o local e a fiscalização urbana vai notificar esse proprietário para que ele tome as providências. Se ele não tomar vai ser autuado”, disse Lara Betânia, coordenadora de controle vetorial.
Fonte – G1 TO