A implantação de um ambulatório especializado no atendimento a transexuais e travestis começou a ser discutida nesta última segunda-feira, 05, durante a reunião com integrantes da Associação das Travestis e Transexuais do Tocantins (Atrato), médicos especialistas, técnicos da Saúde e o secretário da Saúde de Palmas, Nésio Fernandes. No encontro, realizado na sede da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), foi discutido a linha de cuidado em saúde para população trans do Tocantins.
Na ocasião, a presidente da Atrato, Byanca Marchiori, entregou ao secretário um documento solicitando a criação do ambulatório para atender ao público trans. “A ideia é fazer com que transgêneros recebam o tratamento que deveriam ter em qualquer outro hospital. Em primeiro lugar, serem atendidas com respeito, sem preconceito e tratadas por seu nome social – direito garantido por lei, e já adotado pela Rede de Saúde de Palmas”, lembra a presidente, acrescentando a necessidade de ter um centro especializado para atender a saúde integral dos travestis e transexuais.
Nésio explicou que o município já estudava a instalação do Centro de Referência de Saúde Integral para Travestis e Transexuais para a Capital. De acordo com o secretário, o serviço teria a função de atender as travestis e transexuais de forma integral. “O primeiro passo já foi dado, que é a discussão da importância do município disponibilizar atendimentos específicos a este público. Agora, vamos publicar uma portaria criando um grupo de estudo para seguir com o processo de implantação das Políticas para o processo Transexualizador do SUS em Palmas”, esclarece o secretário parabenizando a Atrato pelo protagonismo e maturidade na condução política da associação.
Integrante da Atrato e transexual, Rafaela Mahare faz o uso de hormônios por meio da terapia hormonal e relata as dificuldades na aquisição dos medicamentos, devido ao custo e também no direcionamento do tratamento. “Com o ambulatório especializado teríamos a possibilidade de realizar o tratamento hormonal com segurança, com acompanhamento médico, e dos demais profissionais da saúde. Recebendo de forma correta quanto à melhor forma de se realizar o tratamento hormonal e que medicamentos utilizar”, relata.