Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado

Carta para o mês de agosto

2 de agosto de 2018, algum lugar por aí.

Carta: Chegou o tão temido mês de agosto. Agosto dos lindos, das ventanias, da poeira e do calor. A revolta por contra desse singelo período muitas vezes se dá por conta dos extensos dias, que segundo alguns, dura 365.

Seriam os 365 dias em um mês realmente um ano? Ou são tantas coisas vividas nesse “tenso mês” de leoninos, onde é preciso lutar com toda força, literalmente matar um Leão por dia. A quentura do sol parece queimar nossas cucas.

Nossas cabeças sentem toda a fervura do sol maçante e da brisa quente que acolhe nossa pele já seca por conta dos ríspidos chicotear dos ventos horizontais da vida que segue caminho. Que caminho?

Até a Lua parece esquentar. Seu círculo de arco-íris, parece farfalhar e se aproximar da terra com o calor que pegou do astro rei, o Sol. O tempo é dos fortes, a correria sempre abrasa e deixa a gente um pouco mais tenso e pesado.

O que nos resta é o bom e velho relaxamento. A gente ta vivendo em um looping. Tudo vai, tudo volta, tudo revive, acaba e vive novamente. A carta para o dois de agosto, é para lembrar que temos uma imensidão, um universo para construir nesses 365 dias de apenas um mês.

Há quem diga que é um mês gigante, há quem diga que é um mês quente e há aqueles que dizem que agosto, ah, agosto…De Deus? As coisas acabam ainda na última semana, ou na semana que pensamos ser a última? É porque agosto tem cinco semanas.

Isso mesmo, cinco semanas para pensar, para refletir sobre nossos atos. Indecisos? Talvez sim, mas o tempo corre apesar das cinco… Já são quase cinco da tarde, ainda faltam duas horas, mas o exagero também faz parte, às vezes ele é até cômico nas rodas de amigos.

Mas, cuidado, exagero em excesso, já dizia, Cazuza, jogado aos seus pés, eu sou mesmo exagerado. Só que sim.

No mais, agosto é um bom mês. Nunca fez mal a ninguém, coitado. Deixa ele lá, cuidado da gente com esse sol escancarado, com esse calorão. Ele ama a gente. Do jeito dele, claro, com o passar dos anos ele ficou mais orgulhoso, por isso a imensidão dos dias anual, mas é sensacional esse amor.