A assistente social Marla Cristina Barbosa, ex-namorada do médico Álvaro Ferreira, disse no depoimento prestado nesta quinta-feira (25) que foi agredida por ele. De acordo com o depoimento de Marla, as agressões aconteceram em um hotel de Campinas (SP).
O médico é considerado o principal suspeito do assassinato de Danielle. Ela foi estrangulada e o corpo foi encontrado no dia 18 de dezembro. Álvaro ficou quase um mês foragido até ser preso pela Polícia Civil em um cinema de Anápolis (GO). Ele foi localizado após postar uma selfie em uma igreja nas redes sociais. O médico está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas.
Na tarde desta quinta, Marla disse que não sabia do crime quando viajou com Álvaro e que não tem participação na morte de Danielle. Já a defesa do médico afirma que ele só fugiu da polícia por influência da ex-namorada, que teria pego as orientações com a mãe dela, que é advogada. A polícia disse que ainda não tem nenhuma evidência que sustente a explicação apresentada pela defesa do médico.
A Polícia Civil está traçando um perfil psicológico de Álvaro com base nas informações, nos laudos das agressões registradas pela ex-mulher e nos depoimentos de outras ex-namoradas que também dizem ter sido agredidas por ele. Ainda não há prazo para o fim do inquérito.
O caso
O corpo da professora foi encontrado no dia 18 de dezembro. O médico Álvaro Ferreira é o principal suspeito do crime porque havia sido preso dois dias antes, quando invadiu a casa e tentou esganar a ex-mulher. Mesmo assim, foi solto um dia depois, após audiência de custódia. O Ministério Público chegou a pedir a prisão preventiva dele, mas o pedido foi negado pelo juiz, que determinou a liberdade sem pagamento de fiança.
De acordo com o advogado de Danielle, Edson Monteiro de Oliveira Neto, o ex-marido já havia ameaçado matá-la outras vezes. O advogado informou que chamou a polícia após não conseguir contato com ela durante todo o dia. Áudios divulgados pelo advogado, mostram a mulher pedindo socorro após supostamente ter sido agredida.
O corpo de Danielle foi localizado de bruços na cama. O registro da ocorrência feito pela Polícia Civil aponta que foram encontrados hematomas no pescoço da professora e havia odor característico de urina no short que a vítima vestia. A perícia confirmou que ela foi estrangulada.
A fuga
O médico ficou quase um mês foragido após o crime. Ele foi preso no dia 11 de janeiro em Goiás e levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas no dia seguinte. Ele foi localizado após postar uma selfie em uma igreja nas redes sociais. Enquanto esteve foragido, ele deu entrevistas por telefone e mandou mensagens para a mãe da vítima.
Fonte: G1 Tocantins