Andar pelos corredores de um evento como o 13º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, considerado a maior vitrine do artesanato brasileiro, é como mergulhar na essência cultural brasileira em um mesmo local e momento. Por isso, participam dele somente os melhores artífices do País, de 21 estados e Distrito Federal. Sua 13ª edição começa nesta quarta, 9, e segue até domingo, 13, no Pavilhão da Bienal, em São Paulo. O Tocantins marca presença com cinco artesãos individuais e nove associações de diversas regiões do país.

A expressiva participação do Estado é resultado do esforço da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), que selecionou os participantes por meio de edital e observando critérios de qualidade, originalidade, representatividade da cultura regional.

“Outra preocupação é promover o rodízio de artesãos e associações, o que tem sido possível graças à parceria com o Sebrae Tocantins, sendo que a Adetuc arca com as despesas de transporte dos artesãos e das mercadorias e o Sebrae custeia a hospedagem”, explica o superintendente de Cultura, Álvaro Júnior, lembrando que até o ano passado os artesãos arcavam com todas as suas despesas, o que centralizava a participação em um pequeno grupo.

“A missão do Governo do Estado é fomentar a economia criativa, e o incentivo a participação em eventos de visibilidade nacional, como o Salão do Artesanato, não apenas a gera emprego e renda, como também promove a troca de experiências e técnicas, melhorando a qualidade dos nossos produtos”, lembra o presidente da Adetuc, Tom Lyra. De acordo com ele, conforme solicitação do governador Mauro Carlesse, a pasta tem realizado levantamento em todo o Estado voltado especialmente para estes trabalhadores e suas demandas.

Representatividade

A diversidade tocantinense de matérias-primas e técnicas estará representada em São Paulo. O carro-chefe do artesanato tocantinense, o capim dourado, contará com peças produzidas por Laudeci Ribeiro de Sousa Monteiro, de Mateiros, e por integrantes da Associação das Mulheres e Artesãs do Capim Dourado de Novo Acordo, Associação dos Artesãos do Capim Dourado Pontealtense (Ponte Alta), Associação de Mulheres Produtoras dos Projetos de Assentamento Santo Onofre e Santa Teresa 1 (Ponte Alta) e Associação Dianopolina de Artesãos de Dianópolis.

Assim como o capim dourado, o artesanato indígena tem vaga garantida pelo edital de seleção. Integram a caravana representantes do Centro Cultural Kájre, povo Krahô/Goiatins, com peças em semente, fibra, cabaça, casca vegetal, fruto e madeira, e a Casa de Cultura Karajá, Ilha do Bananal, com cerâmica, palha, miçanga, madeira e frutos.

Também chama atenção o artesanato em bucha vegetal, frutos, madeira, semente, capim e ferro de Guilherme Antônio dos Santos (Porto Nacional) e as peças confeccionadas em madeira, pele animal, casca de árvore e cerâmica de Márcio Bello (Porto Nacional). Representando Pium, Raimundo Carneiro Soares leva peças em talo de buriti e Josias de Souza Menezes, de Gurupi,  apresenta peças em madeira.

Três associações completam a lista de selecionados: a Cooperativa dos Artesãos de Biojoias de Xambioá (Xambiart), que retorna às feiras com biojóias em madeira, semente, fibra e resina, e as estreantes em grandes eventos, Associação das Mulheres Artesãs e Empreendedoras do Lajeado (cerâmica e talo de buriti) e Associação das Mulheres Feirantes de Taquaruçu (palha de milho, talo de buriti, madeira, bucha vegetal).

O evento

O 13º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras será aberto ao público todos os dias, das 11 às 21 horas, com entrada gratuita. Os visitantes poderão participar de uma grande exposição de peças artesanais, palestras e oficinas de artesanatos, arte feita ao vivo por diversos artesãos, shows com artistas nacionais, grupos folclóricos e ainda conhecer a gastronomia típica de cinco regiões do País. Promoção e organização são assinados pela Rome Eventos, com apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB).

fonte:Agência do Desenvolvimento Turístico Cultura e Economia Criativa