Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado

O concurso da Polícia Militar do Tocantins (PM-TO) é alvo de um novo inquérito civil que vai investigar fraudes em todo o certame. O Ministério Público Estadual (MPE) informou que a investigação se trata de um celular que foi apreendido também no dia da aplicação das provas em uma escola da Capital.

O aparelho foi encontrado na Escola Municipal Darcy Ribeiro que teria sido encontrado em um rolo de papel higiênico. O inquérito estava já em andamento, mas só agora o MPE disse do que se trata. Na época, cerca de 70 mil pessoas se inscreveram para 1000 vagas disponibilizadas pelo Governo do Tocantins.

Celular foi encontrado com fotos que podem ser do gabarito oficial das provas do concurso da PM-TO – Divulgação

A ação foi proposta pelo Promotor de Justiça, Adriano César Pereira Neves ainda na semana passada, mas divulgada no Diário Oficial do MPE desta segunda-feira, 24. Além de Palmas, outro celular foi apreendido em Araguaína também no dia das provas do concurso.

O Ministério Público Estadual informou ainda que a Promotoria de Justiça aguarda o resultado das perícias que estão sendo feitas no aparelho de celular encontrado.

Por conta da suspeita de fraudes no concurso, a Operação Aletéia prendeu cerca de 14 pessoas no Tocantins, Maranhão e Paiuí, no mês de junho deste ano.

A Justiça suspendeu todo o certame logo após a cassação do então governador do Tocantins, Marcelo Miranda, em abril.

A Polícia Civil também está investigando o caso, mas ainda não concluiu o inquérito.

A equipe Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Polícia Militar do Tocantins. Em nota, a corporação informou que o certame continua suspenso por decisão judicial e decisão administrativa do Tribunal de Contas do Estado.

A PM informou ainda que aguarda para ser notificada sobre a instauração de um Inquérito Civil para os encaminhamentos cabíveis.

 

Veja aqui a decisão publicada no Diário Oficial do Ministério Público Estadual.