Em 2023, foram 69 denúncias de violência política contra mulher, segundo painel do Ministério dos Direitos Humanos. Número aumentou em 2024
Em setembro de 2024, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abordou o tema enquanto evidenciava o fato de que cinco candidatas mulheres sofreram tentativas de homicídio ou de feminicídio em um final de semana.
“Domingo, dia 15 de setembro, o mundo comemora o Dia da Democracia. E nós, mulheres brasileiras, temos pouco a comemorar. Não há democracia de gênero, de cores no Brasil. Há uma verdadeira guerra contra as mulheres. No TSE vivemos isso. Só nesse fim de semana foram cinco tentativas de morte de candidatas, contra mulheres. Uma intimidação violenta, feroz, cruel, que recrudesceu nos últimos dias”, afirmou a ministra.
No resultado das eleições municipais, apenas duas mulheres foram eleitas prefeitas entre as 26 capitais brasileiras.
Veja abaixo alguns casos que chamaram atenção ao longo do ano de eleições municipais:
Caso da prefeita de Quissamã
Fátima Pacheco (União Brasil), prefeita de Quissamã (RJ), registrou um boletim de ocorrência em agosto contra Glauber Poubel (Solidariedade), vereador de São Gonçalo. Poubel proferiu as palavras “ladra, bandida e vagabunda” contra a prefeita durante uma convenção.
Caso Fabinho Sapo
O ex-candidato para a prefeitura de Maricá (RJ) foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) após constranger e humilhar sua vice, Luana Gouvea, e a candidata a vereadora Ingrid Menendes, ambas do PL.
Disputa Pablo Marçal x Tabata Amaral
As alfinetadas entre os ex-candidatos à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral e Pablo Marçal, em um dado momento, passaram dos limites. Marçal teria dito que, apesar “ter um bom garoto que ela namora”, Tabata não teria qualificação para assumir o cargo, pois não sabe o problema de um casamento e nem do que é ter um filho.
Tabata repudiou as falas machistas do candidato.
Ex-prefeito do Ceará
O ex-prefeito de Saboeiro (CE), Gotardo Martins (PSD), atacou a vice-prefeita Wylna de Castro (PT) com ofensas como ‘quenga’ e ‘rapariga’ durante seu discurso em uma convenção.
“O doutor Marcondes bota no seu lado uma quenga, uma rapariga, e entra na casa de vocês pedindo voto. Vocês deviam era fechar a porta de vocês”, disse o ex-prefeito.
(Fonte: Metrópoles)