A acadêmica de Jornalismo Caroline Reis apresenta na próxima segunda-feira (11) seu documentário intitulado “Lentes Escuras”, produzido como fruto de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A apresentação acontecerá às 19h na sede do Caleidoscópio, o Complexo Laboratorial do Curso de Jornalismo no Câmpus de Palmas.
O documentário dirigido pela própria aluna, traz a captação e o retrato do olhar da acadêmica deficiente visual sobre o mundo. Durante o filme, são compartilhadas entrevistas impactantes sobre histórias de vida e superação, discutindo a acessibilidade e os problemas enfrentados diariamente por quem tem algum tipo de deficiência.
O trabalho da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, ministrado pela professora Marluce Zacariotti, contou com a participação de amigos e professores. A coordenação de TV ficou a cargo do professor Carlos Franco; coordenação de Rádio, professora Valquíria Guimarães; fotografia com Gilvana Paludo, Fernanda França e Tatiane Cardoso; design da capa, Mayara Sousa; consultoria com Jorge Cardoso; orientação e edição dos vídeos produzidos, professor Bob Maia, e além da ajuda de vários depoentes entrevistados para plena realização do documentário.
Caroline diz que o projeto veio à tona nas aulas de TCC I, quando continha a ideia de trazer a acessibilidade no Jornalismo em seu trabalho. Inicialmente, pensou em produzir uma monografia – o curso de Jornalismo da UFT oferece ao aluno a opção de produzir um projeto de pesquisa ou uma monografia como forma de conclusão dos quatro anos de graduação. Mas no final das contas, por não encontrar muito conteúdo em suas pesquisas para produção da monografia, optou por fazer o documentário. “Às vezes, mostram filmagens do meu professor orientador junto com algumas minhas, para que a banca e quem estiver assistindo ter a noção de que tive esse apoio”, conta Caroline.
O documentário tem trinta minutos de duração, com entrevistas de 12 pessoas – entre elas cadeirantes, amputados, pessoas com deficiência visual total e parcial, cadeirantes com paralisia cerebral – e colaboração do Instituto Reviver, projeto que promove a inclusão social de homens e mulheres com deficiências física, visual, auditiva e intelectual do estado do Tocantins por meio de atividades oferecidas no âmbito da educação, esporte e cultura.
Por fim, a acadêmica ressalta o que pretende fazer com o documentário, lembrando também o foco, que é “trazer essa nova visão se tratando de filmagem, de entender o mundo do outro e de se colocar no lugar do outro. Pretendo levar esse documentário para outros lugares, porque ficou um projeto com um resultado muito bonito. Sou muito grata ao meu orientador pelo resultado!”.