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Dorinha defende formação de professores para reforma do ensino público

A Medida Provisória que trata da reformulação do ensino médio, assinada pelo presidente Michel Temer, deverá passar por aprimoramentos quando chegar no Congresso Nacional. O texto prevê uma política de fomento às escolas em tempo integral e também um investimento de R$ 1,5 bilhão neste programa para que, a partir de 2018, o país chegue a cerca de 500 mil jovens matriculados neste sistema.

Segundo a deputada Professora Dorinha que participou da comissão especial que analisou o tema, a proposta encaminhada pelo governo acatou a maioria das recomendações propostas pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que, desde 2012, aprovou a reformulação do ensino médio. Ela concorda com as alterações no currículo, mas afirma que as medidas propostas ainda precisam ser discutidas e que, para sair do papel, é necessário revisar a formação do professor.

Ela explicou que o Plano Nacional de Educação (PNE) faz uma série de provocações nacionais, chamando para o debate da Base Nacional Comum Curricular, um novo modelo de formação do professor e de organização da escola.

A parlamentar concorda com o enxugamento de disciplinas para que haja o aprofundamento nas áreas propostas somado ao perfil de formação. Ela lembrou que o ensino médio já chegou a ter 19 disciplinas diferentes, o que impede o aprofundamento na aprendizagem. “A tentativa não é dizer qual disciplina é mais ou menos importante, mas de desenhar um ensino médio com uma unidade de formação para aqueles conteúdos estratégicos que comporão a Base Nacional, aprofundar a aprendizagem e permitir juntar o interesse do jovem com adequação à realidade dele e a região que vive”.

A parlamentar disse, ainda, que pretende realizar na segunda quinzena de outubro um seminário no Tocantins para que professores, pais, alunos e a sociedade em geral participe das discussões sobre a reestruturação do ensino médio.

Participação da sociedade

Sobre o fato da reformulação do ensino médio ter sido apresentada via Medida Provisória, a deputada disse que esse fato pode incomodar um pouco já que há um projeto de lei (PL 6480/13) sobre o assunto pronto para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados, mas serve como uma forma do Ministério da Educação fazer um chamamento para que a sociedade se estimule, se envolva e participe do debate da melhoria da qualidade da educação pública.

Fonte: Ascom

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