O município de Porto Nacional, região central do estado, teve maior participação na importação (62,11%) e exportação (18,32%) de produtos no Tocantins, de acordo com a Balança Comercial do 1º trimestre de 2017, estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) a partir de dados do Governo Federal (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). A publicação completa está disponível no site www.fieto.com.br link Estudos e Pesquisas.
O produto chave para o aumento de mais de 1.000% nas importações de Porto Nacional foram derivados de petróleo (óleos) que representaram mais de 70% do total importado pelo estado. Palmas e Paraíso do Tocantins apareceram na 2ª e 3ª colocação como importadores com participação de 35,40% e 0,98%, respectivamente. Em Paraíso, 50 novos produtos passaram a ser importados neste período. As importações foram advindas de países como os Estados Unidos (40,31%), China (24,30%), Noruega (6,41%), Rússia (4,09%) e Israel (3,44%) destacando-se produtos como gasóleo, sulfato de amônio, complementos alimentares, adubos minerais químicos, tipos de bacalhau, entre outros.
Quando o assunto é exportação, o segundo município com maior participação foi Araguaína (14,48%) puxada por produtos como a carne bovina e seus derivados e o terceiro Campos Lindos (12,85%) que conquistou a colocação, até então incomum, por meio de produtos como o milho e soja. Cariri do Tocantins que estava na terceira posição em 2016 caiu para a 11ª colocação por não ter exportado milho e ter diminuído a as exportações de soja em 85%. Os principais destinos dos produtos tocantinenses são a China (49,79%), Hong Kong (8,97%), Taiwan (8,75%), Espanha (6,13%) e Rússia (5,21%). Os produtos exportados variam entre a soja, carne, couros e peles de bovinos.
“Se considerarmos que os produtos exportados pelo Tocantins estão concentrados principalmente na soja e carne bovina, e esse último sofreu um impacto negativo no período, podemos deduzir que a queda nas exportações foi algo pontual e que, possivelmente, será revertido nos próximos meses”, avalia a gerente do Centro Internacional de Negócios da FIETO, Greyce Labre, relembrando a crise sofrida no setor em virtude da operação Carne Fraca da Polícia Federal.
Toda essa movimentação gerou um saldo de U$ 60,8 milhões na Balança Comercial do 1º trimestre. Apesar do valor ser positivo, representa uma redução de 20% na comparação com o mesmo período do ano passado em virtude do grande crescimento das importações que não foi acompanhado pelas exportações. O total exportado foi de U$ 118,6 milhões e as importações ficaram em U$ 57,8 milhões.
Os números mostram que o Tocantins acompanhou um crescimento percebido também na região Norte e na média nacional. No entanto, estes dois últimos conseguiram saldos melhores já que o aumento mais considerável foi nas exportações, ao contrário do Tocantins. O modal mais utilizado no período foi o marítimo, tanto para importação como para a exportação de produtos. O porto mais utilizado com esta finalidade foi o de Itaqui em São Luís, estado do Maranhão.