No próximo dia 8 de abril, produtores rurais, agentes de assistência técnica e extensão rural, professores, pesquisadores, alunos e outros profissionais ligados ao meio rural poderão conhecer de perto melhorias trazidas pela adoção de tecnologias sustentáveis numa propriedade no interior do Tocantins. A Laço de Ouro, que fica em Almas, Sudeste do estado, vem trabalhando principalmente com integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) nas últimas safras e sedia, pelo terceiro ano consecutivo, dia de campo para mostrar benefícios e possibilidades do sistema.
O 3º Dia de Campo sobre Tecnologias Sustentáveis está marcado para começar às 7h30, dentro do programação da Feira Agrotecnológica de Almas, a AgroAlmas. No dia de campo, serão dois circuitos, com quatro temas abordados em cada um. O primeiro vai tratar de: “manejo de pastagens: adubação e manejo do pastejo em ILPF” (com Pedro Alcântara, da Embrapa); “gestão em pecuária: a fazenda como uma empresa” (com Alexandre Gasparin, da empresa Taura); “agregação de valor da madeira na propriedade rural” (com Alisson Moura, também da Embrapa); e “a importância do controle de plantas daninhas para o aumento da produtividade na pecuária” (com Thiago Menezes, da empresa Dow AgroSciences).
Já no segundo circuito, vão ser trabalhados os seguintes assuntos: “sisteminha Embrapa” (com Felismino Coelho, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins, o Ruraltins); “crédito rural / bancos” (com Rafael Massaro, também do Ruraltins); “projeto Reniva / unidade de mandioca” (com Edimilson Rodrigues, outro representante do Ruraltins); e “manejo da fertilidade do solo para incremento da produtividade” (com Maurício Bassani, da empresa Zoofertil).
A propriedade onde acontecerá o dia de campo é acompanhada pelo extensionista João Filho, do Ruraltins, que está à frente da organização da AgroAlmas. De acordo com ele, a expectativa inicial, de receber cerca de 1.000 participantes no evento, deve ser superada. Para ele, “a expectativa é muito grande. E só aumenta a nossa responsabilidade em fazer um dia de campo bastante proativo, com palestras objetivas e com assuntos realmente que interessam ao produtor rural”.
A Laço de Ouro é considerada uma Unidade de Referência Tecnológica (URT), ou seja, serve como modelo para outras propriedades. E isso tem surtido efeito na região, onde outros proprietários se interessaram em participar do projeto. Segundo João, há possibilidade de as fazendas Morro Branco, Capão de Peroba, Sonho Meu e Alternativa implantarem a experiência. “O bom é isso: não ficou só na fazenda Laço de Ouro. Nós temos outros produtores já inserindo no projeto. E outra coisa: nós estamos estimulando os colegas técnicos que estão vindo no dia de campo pra também fazer um trabalho desses no seu município”, relata.
Pedro, além de um dos palestrantes do dia de campo, é quem coordena os trabalhos na URT de Almas. Para ele, “nitidamente, a gente vê que, tanto a fazenda, como o produtor, evoluíram bastante na questão técnica nos últimos anos. E, mais importante do que isso, a partir do trabalho que está sendo realizado lá, outras propriedades da região já estão se espelhando e buscando assistência técnica pra adotar também integração lavoura-pecuária-floresta, que é o objetivo final do projeto: aumentar a adoção, por meio da capacitação de técnicos e da realização de eventos de difusão”.
Assim como a Laço de Ouro, há hoje no Tocantins dezenas de unidades de referência que trabalham com tecnologias sustentáveis, com destaque para aquelas relacionadas à integração lavoura-pecuária-floresta. O trabalho em Almas faz parte de projeto de transferência de tecnologia em ILPF na região do Matopiba, que engloba partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O projeto tem financiamento da Rede de Fomento em ILPF, formada pelas empresas Cocamar Cooperativa Agroindustrial, Dow AgroSciences, John Deere, Parker e Syngenta.