Maju Cotrim
Com mais de 15 dias á frente do governo do Tocantins, Wanderlei Barbosa concedeu uma exclusiva á Gazeta do Cerrado na manhã deste sábado, 6.
Com calma, ele abriu o jogo sobre as principais ações desde que assumiu, comentou a decisão pessoal de não seguir mais politicamente com o grupo de Mauro Carlesse e falou sobre seu projeto de candidatura para 2022.
Desde que assumiu Wanderlei fez gestos de aproximação com as forças políticas, afagou servidores, retomou as cirurgias eletivas e vem dialogando com categorias e líderes.
“Demos andamento nas ações normais de saúde para não ter perda para a Comunidade, estamos fazendo avaliações, temos que ter cuidado com a aprovação do orçamento”, comentou.
“Temos uma série de estradas com pequenos trechos como de Colméia a Itaporã, Dois irmãos a Araguacema que não estavam sendo discutidos”, citou sobre as prioridades de obras.
“Reforçamos as cirurgias eletivas para as pessoas saírem dos corredores dos hospitais. Temos que ter cuidado para saber o tamanho orçamentário e financeiro que temos e faremos uma gestão que vamos eleger prioridades”, garantiu.
Federalização de trechos
Esta semana ele esteve em Brasília tratando da federalização de trechos no Estado.
“ O ministro deu muita atenção, despachou junto com a gente e parte da bancada, são trechos que incomodam muito a população, é tirar essa carga da gente é importante”
“O trecho Porto/Palmas sou a favor em duplicar mas não penso em paralisar a federalização por isso tenho certeza que o próprio governo federal vai perceber o tamanho da demanda”, citou.
“Já na saúde estou fazendo convênios com cidades que tem estrutura de saúde para ajudar nas cirurgias e o de Guaraí e outros , a população está sofrendo muito são mais de 5 mil cirurgias”, citou.
“Creio que os primeiros dias tem sido de atenção”, resumiu.
Rompimento
Wanderlei explicou detalhadamente sua decisão de rompimento com o afastado Mauro Carlesse.
“Sempre tive com Carlesse aceitei ser o vice para socorrer um projeto. Ele me diluiu do pensamento de ser candidato a prefeito de Palmas, ele me tirou esse sonho”, começou a explicar.
“Nos últimos seis meses ele me tirou totalmente da agenda… esse rompimento não foi feito por mim “, completou.
Ele diz que na gestão anterior tentaram esfriar o nome dele. “Nos últimos quatro meses me tiraram a fala, onde ele estava , eu era um mero coadjuvante de palanque”, disse.
Ele falou ainda: “Se não me deixaram falar é porque não me queriam do lado dele, Em nenhumas das atitudes ele me comunicou nada”, comentou.
“Não é questão de rompimento de grupo, não quero caminhar mais neste projeto, isso é uma decisão pessoal , fui tratado como uma pessoa que não era do grupo”, disse.
“Até mesmo as despesas com algumas agendas quem fazia era eu, eu não tinha um tratamento de uma pessoa que era importante para o governo”, disse.
“Não é porque ele está numa situação adversa que tomei a decisão, decidi por causa de umas descobertas que fiz”, disse.
“As vezes a gente se sentia humilhado”, chegou a dizer.
Sobre a possibilidade de volta do Carlesse ele disse que respeita todas as decisões da justiça caso isso ocorra. “Minha decisão pessoal e essa, se ele retornar ele entra numa porta e eu saio pela outra de cabeça erguida, levo em consideração a maneira que fui tratado, fui companheiro e não senti esse tratamento comigo”, comentou .
“Se ele voltar me manterei como vice e manterei os projetos sim”, disse.
Reeleição
A Gazeta conversou com Wanderlei ainda sobre sua pré candidatura ao governo em 2022. Se antes ele estava excluído da gestão desde que assumiu virou peça central da disputa do próximo ano.
“Me vejo nesta condição que se eu chegar a ter um tempo de mostrar um trabalho e rosto para o Estado, uma independência, espírito de coalizão não só com a bancada mas com os líderes dos municípios”, disse.
“Sou político e não posso desfazer uma história de disputa eleitoral num momento que vejo que é o mais importante politicamente na minha vida”, comentou.
“Quero construir projeto de união e coalizão. Busco nas forças políticas do Estado um projeto”, disse ao defender união.
“Tenho um bom relacionamento com todos, respeito o posicionamento de todos, pretendo conversar com todos e tenho abertura para isso”, disse.
Ele citou todos os três senadores e disse que todos são importantes para seu projeto. “Os que entenderem nosso projeto e compreenderem o que pensamos temos chance de estarmos juntos”.