O público palmense prestigiou a abertura da exposição “Filhos de Deus”, do fotógrafo tocantinense Daniel Taveira, na Galeria de Artes da Fundação Cultural de Palmas nesta quinta-feira, 26. A mostra que já foi exposta no Museu de Arte Sacra de Queretaro, no México e no Museu de Arte Sacra de São Paulo e pela primeira vez no Tocantins, surpreendeu e instigou os visitantes com cenas marcantes de pessoas de diferentes raças e culturas.
A vice-prefeita, Cinthia Ribeiro, prestigiou a abertura da exposição e ressaltou a sensibilidade e representatividade de cada imagem. “É uma alegria ver o talento desse menino que é de Palmas, que ama essa cidade, e que consegue nos emocionar com sua sensibilidade, com seu olhar diferenciado, diante de situações cotidianas. A proposta do Daniel Taveira é nos fazer enxergar que por mais diferentes que possamos ser na aparência ou nas vivências, somos todos iguais em nossa essência humana. E isso é o mais importante”, ressaltou a gestora.
O presidente da Fundação Cultural, Hector Franco, parabenizou o artista e ressaltou que seu trabalho consolida a construção da identidade cultural do povo tocantinense. “Esta exposição é muito apropriada porque, além de você ser filho de Deus, você também é filho do Tocantins, que rompeu fronteiras, barreiras e hoje internacionalmente reconhecido retorna a Palmas com um valor consolidado que nos orgulha imensamente de poder abrir as portas da Fundação Cultural de Palmas para expor seu trabalho”, disse Hector.
Para o oftalmologista Tiago Bessa, amigo de infância de Daniel, a exposição mostra o potencial e o talento que esse jovem artista possui. “O Daniel nos enche de orgulho, traz imagens belíssimas e com um cunho transformador, que nos faz refletir sobre temas atuais, sobre diferenças e semelhanças, sobre padrões e sobre sentimentos” frisou Bessa, enquanto admirava as imagens ao lado de Ariana Coelho, também amiga dele e de Daniel Taveira. Para Ariana o que Daniel que trazer para o público é uma possibilidade de repensar seus conceitos e pré-conceitos. “Ele nos mostra que todas as pessoas possuem histórias de vida e que, devemos evitar ‘julgar o livro pela capa”, sentenciou.
Segundo o autor das imagens, a tela mais emblemática da exposição é a denominada, Palomas. “Todas as imagens têm sua história, mas essa é especial, trata-se de uma mulher que todos os dias alimenta pombos, às 11 horas, e esse hábito foi adotado após a morte do esposo dessa mulher. Então é uma história de luto, de sentimento e de reencontro. E ela fica coberta pelos pombos, inclusive chega a ser bicada pelos animais. Mas ela diz ser uma dor prazerosa”, explicou o artista. A imagem Palomas foi feita no México, mas a personagem é uma viúva americana.
“Filhos de Deus”
A exposição é composta por 30 registros que capturam as histórias por meio do olhar e das lentes de seu autor e seguirá até o dia 27 de novembro na Galeria de Artes da FCP que funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 21 horas com entrada gratuita.