Diversas ocorrências estão sendo registradas na Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), em Palmas, por conta do seqüestro de perfis da rede social Whatsapp, com o objetivo de assumir a identidade da vítima e solicitar dinheiro aos seus contatos.
A delegada titular daquela especializada, Milena Lima, informou que a Polícia Civil identificou as principais técnicas dos criminosos para aplicar os golpes. “Ligações de falsa central telefônica informando aos usuários que estão fazendo uma verificação no Whatsapp e que precisam do código enviado por meio de SMS. Ligação de um falso funcionário da Anatel informando que existe uma lei federal proibindo anúncios em redes sociais e que precisa do código enviado por meio de SMS para a conferência e o envio de mensagens no privado para uma pessoa que faça parte de algum grupo, informando que ele será extinto e em seguida enviam um link do novo grupo” destacou.
Medidas protetivas
A delegada recomenda ainda a adoção de algumas cautelas para tentar inibir as ações dos criminosos tais como a ativação do procedimento de “Verificação em Duas Etapas”. Com a dupla proteção ativada, o app vai pedir uma senha de seis dígitos de tempos em tempos. Caso alguém consiga clonar o número de telefone e tente configurar o WhatsApp, vai precisar também saber essa senha. Para ativar a função basta clicar em configurações, conta e depois “verificação em duas etapas”.
Ainda segundo ela, os usuários devem evitar clicar em links enviados por pessoas desconhecidas e além da senha, inserir também um e-mail como proteção. “Tente alertar seus contatos através de conhecidos, acaso tenha perdido o acesso a linha telefônica para evitar que cheguem a depositar nas contas indicadas pelos suspeitos” destacou.
Outras medidas simples, como verificar se realmente está falando com a pessoa certa, antes de clicar em links enviados por pessoas conhecidas, e, ao mudar de número, cancelar o perfil caso não deseje migrar a conta para o novo número, também devem ser observadas. Para a delegada, é sempre bom desconfiar de pedidos inesperados de empréstimos enviados por mensagens, principalmente se a conta utilizada para depósito é diferente de quem está solicitando.
A Polícia Civil do Tocantins está trabalhando diligentemente para identificação de alguns envolvidos e alerta que a prática vem ocorrendo também em outros estados