O homem que confessou ser uma das três pessoas que mataram o comerciante Raimundo Nonato Santos Silva, em Dois Irmãos do Tocantins, deu detalhes do crime durante o depoimento na delegacia. Rafael Araújo de Oliveira, de 27 anos, afirma que o coração da vítima foi arrancado e comido pelos executores e que a ideia de fazer isso foi de uma adolescente de 17 anos, que está apreendida. Ele informou ainda que todos os participantes do crime utilizaram drogas antes do assassinato.
Além de Rafael Araújo e da adolescente, Rafael dos Reis de Azevedo também foi detido como suspeito no caso. Ele também tem 27 anos. O g1 ainda não conseguiu localizar as defesas deles.
Na fala, Rafael Araújo disse que o desentendimento com Raimundo Nonato começou por causa de um esbarrão e da cobrança de uma dívida. Segundo ele, a ideia de roubar a casa do comerciante também foi da adolescente. De acordo com o depoimento, todos tinham consumido maconha, crack e cocaína, além de bebidas alcoólicas.
Ele disse que o homem foi esfaqueado assim que abriu a porta e que foi a adolescente quem arrancou o coração. “[Ela] sentou em cima dele, descontrolada também e ela começou a esfaquear ele. Então ela fez um corte e disse que iria arrancar o coração dele. Ela arrancou, pegou um pedaço, colocou na mesa e mastigou. Ela falou: quer experimentar? Experimentei e joguei fora, não engoli e o Rafael na hora que a gente foi embora deu mais duas facadas nele”.
Ele relatou ainda que na casa da vítima foi encontrado pouco dinheiro e que cada um saiu do local com R$ 114.
Os três suspeitos foram capturados horas após o crime. O caso está sendo tratado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Exames periciais foram feitos para confirmar a versão de que houve canibalismo, mas ainda não há prazo para que eles fiquem prontos.
Uma equipe da Delegacia Regional de Paraíso do Tocantins está na cidade de Dois Irmãos nesta quarta-feira (2) par avançar nas investigações sobre o assassinato brutal do comerciante Raimundo Nonato Santos Silva, de 62 anos. O trabalho é focado em ouvir testemunhas para esclarecer todos os aspectos do crime.
O laudo necroscópico da vítima ainda não ficou pronto.