Larissa Marra
Na tarde desta quinta-feira, 20, foi realizada uma audiência pública, no plenarinho da Assembleia Legislativa, para debater sobre a poluição no Lago de Palmas com parlamentares e representantes de órgãos.
Os parlamentares solicitaram esclarecimentos e cobraram ações sobre a grande quantidade de algas dispersas no lago aos representantes da empresa BRK Ambiental – concessionária de serviços de saneamento básico no Tocantins.
Segundo um morador da região, a água do lago de Palmas está imprópria para banho devido a incapacidade da BRK em realizar o tratamento adequado ao esgoto. “Nós estamos procurando achar defeito no tratamento do esgoto, mas o erro está em toda a tubulação da região sul de Palmas, ela não suporta a vazante, por isso o certo é ir até a fonte do problema.”
Segundo a deputada, Luana Ribeiro, o que está acontecendo com o lago de Palmas já é uma tragédia anunciada. “Isso há anos vem acontecendo, nós temos que achar o problema efetivo, são vários responsáveis, mas a fatura maior quem está pagando é a sociedade”, ressalta.
Já para o deputado Leo Barbosa, esse problema de odor é tratado há anos. “Não podemos ignorar isso, a empresa precisa reconhecer, estamos investindo menos do que os danos estão causando. Nós esperamos que a empresa possa de fato trazer melhorias”.
Para o deputado Eleniel da Penha, o prejuízo com a contaminação do lago de Palmas é grande demais para a capital e o estado. “Toda empresa que se preza vai tentar buscar a solução para os problemas e não fugir deles, aí a BRK fica se esquivando”.
A deputada Claudia Lelis, acredita que precisa de um laboratório independente, para fazer o levantamento correto das irregularidades da água. Juntamente com uma força tarefa, para solucionar o problema. “Precisamos arrumar uma solução, sabemos que existem outros fatores, mas sabemos também que a BRK tem a sua participação nisso, por isso, queremos juntos achar uma solução de imediato para o problema. Esse odor incomoda os moradores do Bertaville há 10 anos, então isso precisa ser levado em consideração.”
O representante da BRK Ambiental, Tadeu, reforça que a empresa procura acertar soluções e disponibiliza o laboratório para que sejam feitos os trabalhos necessários, enquanto a Assembleia não contrata outra empresa. “Saio daqui desta audiência com uma certeza, de que se existia alguma dúvida em relação a BRK, acho que essa dúvida aqui está desfeita, pelos os vários depoimentos que foram dados, multas decorrem de processos fiscalizatórios e alguns estão sobre recursos administrativos, outros subiram estancias judiciais. Nós temos que defender sim os nossos interesses, nós operamos dentro da licença ambiental que é fornecida para tal, atendendo os requisitos estabelecidos pela licença. atender sim os nossos interesses, nós procuramos acertar sobre soluções de fatos”