O eletricista de automóveis Valmi Gomes Silva, de 67 anos, foi aprovado para o curso de biomedicina na Universidade Federal de Goiás (UFG) na única vaga para deficientes. Ele tem problemas auditivos decorrente da idade e teme não conseguir fazer a matrícula porque não consegue fazer um laudo obrigatório para concretizar a inscrição.
Ele mora em Aparecida de Goiânia em uma casa simples. Livros antigos e um computador forma a base para os estudos. Diariamente, durante 10 horas, ele se dedicou ao sonho de passar no vestibular.
“Senti como se eu estivesse no céu, para mim foi uma coisa muito boa. Não tem nenhum médico na família”, disse.
O idoso conta que está com dificuldade em conseguir se matricular porque é necessário um número de Certificado de Reservista do Exército e também um laudo sobre a deficiência auditiva dele.
“Tenho que marcar outra consulta com meu médico, ele vai preencher o laudo e vai me dar. Aí eu vou enviar pela internet. Eles [UFG] me deram até o dia 4 [de fevereiro]”, afirmou.
Valmi tem uma consulta agendada com um médico para esta sexta-feira, 31. Porém, ele não sabe quando o laudo ficará pronto.
Em nota, a UFG informou que nesta fase de confirmação de matrícula não há a obrigatoriedade da apresentação desse laudo médico comprovando o problema auditivo. O documento deve ser entregue durante a matrícula presencial, que acontece no dia 26 de fevereiro
Sobre o Certificado de Reservista, a segunda via do documento pode ser requerida na Junta de Serviço Militar do município. É necessário apresentar cópia frente e verso da identidade, uma foto 3×4 recente e pagar uma multa.
fonte: G1 Goiás