Funcionários públicos do Instituto Natureza do Tocantins (Naturantins) são alvos de uma operação da Polícia Civil deflagrada nesta sexta-feira (22), em cidades da região norte do Tocantins. A suspeita é de que os servidores tenham um escritório particular onde oferecem serviços para regularizar propriedades rurais autuadas pelo próprio órgão.
As informações foram divulgadas pela TV Anhanguera do Tocantins e não para todos os veículos.
A Gazeta apurou que o irmão do deputado Amélio Cayres, o fazendeiro Armado Cayres foi preso na operação. Um outro irmão do parlamentar conhecido como Mazinho, que é servidor do órgão também estaria dentre os nomes. Um foi preso e o outro conduzido coercitivamente.
Nenhuma informação oficial foi publicada ainda.
De acordo com o delegado Thiago Rustorff os funcionários se aproveitam das informações que eles têm dentro do Naturatins para atender donos de propriedades rurais da região que foram multados ou tiveram atividades embargadas.
“Valendo-se de informações privilegiadas que tinham dentro do órgão, na condição de servidores públicos, buscavam os fazendeiros após as multas e ofereciam a eles o serviço através dessa pessoa jurídica para desembargar a obra. Toda aplicação da multa vinha acompanhada de um embargo da propriedade rural e com isso os fazendeiros ficavam impedidos de realizar qualquer comercialização, qualquer atividade na sua propriedade”, explicou o delegado.
O delegado informou ainda que cada desembargo custava de R$ 3 mil a R$ 6 mil para os proprietários de fazendas.
Ao todo serão cumpridos 8 mandados de prisão para quatro funcionários do Naturatins, além de fazendeiros e pessoas que trabalhavam na empresa que oferecia o serviço. Também serão cumpridos 13 mandados de busca e apreensão.
A operação é realizada em Araguatins, Axixá, Augustinópolis, Buriti e Palmas.
A Gazeta busca ouvir o Naturatins sobre o assunto.
As informações são da Anhanguera e não vieram via fonte oficial da Secretaria de Segurança Pública.