Ícone do site Gazeta do Cerrado

Jovem é espancado em estacionamento e alega homofobia: “Fui humilhado e ameaçado de morte”

Tananore Fúcsia foi agredido no estacionamento de uma conveniência em Palmas - Reprodução Facebook

Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado

Um jovem de 25 anos foi brutalmente agredido por três homens na madrugada deste domingo, 18, enquanto saia de uma conveniência no centro de Palmas. Tananore Fúcsia, como é conhecido socialmente fez um desabafo no Facebook contando como tudo aconteceu. No relato, a vítima disse que os agressores chegaram e começaram a dar chutes e socos.

“Eu estava saindo do estabelecimento quando eles me abordaram. Fui agredido de todas as formas, humilhado e ameaçado de morte. Eu não tinha nada de valor e um deles disse que tinha era que matar uma pessoa como eu”.

Após a ação dos agressores que levaram tênis, óculos e cartão bancários, Fúcsia foi abandonada e foi para casa com os ferimentos. Ao chegar no local onde mora, pediu socorro, momento em que o vizinho viu uma poça de sangue onde a vítima estava sentada.

“Fui para a quitinete onde eu moro e depois do susto, percebi que tinham furado meu cóccix com algum objeto. Me levaram para a UPA, depois fui transferido para o Hospital Geral de Palmas onde fui atendido, fizeram curativos, tomei soro, fui bem atendido”.

Fúcsia relatou ainda que há uma revolta porque as pessoas dizem que eu os provoquei e que a culpa é minha por estar na rua no horário em que eu estava.

“Me disseram que todos estão sujeitos a esse tipo de coisa, mas quando você protagoniza algo assim, vive na carne e sente toda a raiva que seu corpo estranho  e sua presença provocam, quando você se sente incapaz de ignorar o quanto as pessoas podem ser cruéis, que elas podem te humilhar e tirar sua vida para estar tomando umas no bar alguns minutos depois contando a cara que o viadinho manchado fazia enquanto levava uns socos”, contou à Gazeta

Por fim a vítima agradeceu a todos pelo apoio e pediu que amigos que fiquem tranqüilos porque agora ele está bem.

“Agora estou bem, principalmente por todo o carinho e apoio que estou recebendo, da minha família, dos meus melhores amigos daqui e dos meus colegas da UFT. Existe uma revolta que parece muito com o sangue pisado, sangue seco que se pregou por todos os meus pelos. existe ainda quem questione e diga que não foi homofobia, que todos estão sujeitos a isso, que eu provoquei, quem mandar estar na rua uma hora dessas”.

Nossa equipe entrou em contato com o estabelecimento comercial onde a vítima disse ter sido agredida, mas eles negaram. A Gazeta vai continuar acompanhando o caso.

Sair da versão mobile