“Desconstruir as políticas públicas do passado tem sido um dos grandes desafios dos agentes envolvidos na Assistência Social de todo o País. As políticas do setor evoluíram consideravelmente, a rede de acesso e o filtro também”, desta forma considerou a secretária do Trabalho e Assistência Social, Patrícia do Amaral, durante a 9ª Conferência de Assistência Social, realizada em Paraíso, nesta sexta-feira, 20.
A cidade foi mais um local que recebeu a chefe de Estado para participar das discussões à cerca do assunto, tendo como objetivo final levar as considerações apresentadas em Tocantins, a Brasília no final do ano. É dever do Governo do Tocantins promover essas discussões, conforme antecipou Patrícia do Amaral.
“O Governador Marcelo Miranda tem pedido para estarmos nos municípios, conversando com a sociedade, prestando toda assessoria”, disse, emendando que a Lei da Assistência Social não permite mais o “assistencialismo, aquele de oferecer uma cadeira de roda, uma cesta básica, uma passagem”, afirmou a Secretária.
Sobre esta assertiva, a técnica da Setas, Régina Mercês reforçou que as equipes da Secretaria têm feito o trabalho de mobilização aos profissionais do CRAS, mostrando a eles que com a mudança da Lei cabem a esses locais direcionar os usuários ao tipo de assistência que necessitam.
“Antes poderíamos oferecer um remédio. Não podemos mais, e nem temos competência para isso porque não somos da área médica e se fizermos seremos penalizados legalmente por isso”, exemplificou. Ela também reforçou a importância da intersetorialidade. “Assistência social deve ser trabalhada com as demais Secretarias, todas de mãos dadas”, argumentou.
O prefeito de Paraíso, Moisés Avelino também fez considerações sobre essas discussões. “É aqui, com pessoas da sociedade de um modo geral onde todos têm voz, o lugar certo para questionar, sugerir para a nós, propostas que um dia tornarão Leis para todos nós”, afirmou.
Por uma linha reflexiva, a secretária Patrícia do Amaral disse que como “cidadã, mãe quiça uma pretensa pessoa que possa precisar da assistência social no futuro, eu também quero uma assistência social que atenda a todos, todos sem exceção. Assistência social não é apenas para o carente, o vulnerável de hoje, mas para quem dela precisar”, finalizou.
Texto: Sônia Pugas – Setas TO
Fotos: Carlessandro Souza