Na madrugada do dia 31 de agosto, um jovem de 15 anos da comunidade quilombola do claro, localizada no distrito de Campo Alegre, município de Paranã, foi supostamente agredido pela diretora do Colégio Estadual Floresta. Os relatos são da mãe do garoto, Santana Maria Tiago de Torres.
Segundo informações da mãe e registradas no Boletim de Ocorrência, o menino teria ido se encontrar com a filha da diretora, em uma casa que ainda está em construção. Foi aí então que o jovem foi surpreendido pelos pais da menina, que o pegaram pela camisa e o levaram até a casa deles. Lá eles o forçaram para desbloquear o telefone, apagaram várias mensagens e depois quebraram o aparelho. Em seguida começaram a agredir o menino com chutes, socos e enforcamentos. O jovem conseguiu escapar e pedir socorro.
“Hoje pensando e analisando tudo o que aconteceu, essas duas famílias do pai e da mãe dessa menina são contra quilombolas. E como nós somos da comunidade do Claro, eu acho que essa foi a forma deles se vingarem de mim e da minha família, porque eles são contra nós, os quilombolas”, ressalta a mãe, Santana Maria Tiago de Torres.
O outro lado
Procurada pela Gazeta, a diretora nos enviou uma nota de esclarecimento, confira abaixo a nota na íntegra.
Nota de esclarecimento
Em resposta às falsas acusações efetuadas pela senhora Santana Maria Tiago de Torres e publicadas no Portal Gazeta do Cerrado no dia 13 de setembro de 2021 informamos que:
Em hipótese alguma houve qualquer ato de violência contra o filho da sra. em questão, por parte do meu esposo ou por mim e também não danificamos ou quebramos o seu celular;
Mesmo com a insistente tentativa do rapaz em atrair uma criança de doze anos para encontros amorosos, principalmente à noite ou na madrugada;
Todas as denúncias são caluniosas e injuriosas e medidas judiciais serão tomadas para que episódios como esse, envolvendo e expondo uma criança, não se repitam;
Sobre a fala caluniosa de que a família da menina envolvida nestas denúncias é “contra os quilombolas” como foi citado na matéria, é apenas mais uma mentira contada pela senhora Santana Maria, visto que a minha família também é de origem quilombola e é formada por membros ativos da associação de Associação Quilombola das Comunidades do Claro, Prata e Ouro Fino (Asquiccapo);
Nossa família, muito pelo contrário, tem muito orgulho de ser quilombola e possui muitos anos de serviços prestados junto à comunidade e a Organizações Não Governamentais que já atuaram na região;
Infelizmente há motivação pessoal e política para estes ataques e toda essa mentira declarada pela senhora Santana Maria.
Todas as acusações dessa senhora são muito sérias e serão esclarecidas perante a Justiça;
Com a certeza de que a verdade prevalecerá assino e encaminho estes esclarecimentos.
Aderlane Francisco Carvalho.
Boletim de Ocorrência