O corpo do pai forno governador Marcelo Miranda, José Edmar Brito Miranda começou a ser velado na noite do domingo, 26, em Palmas.
Familiares e amigos passaram pelo Salão Paroquial da igreja São José levando suas últimas homenagens ao líder político. Familiares são consolados por amigos.
Várias autoridades políticas passaram pelo local e fizeram questão de dar o adeus a Brito que foi personagem político que entra para a história do Estado.
Nesta segunda,27, está prevista uma missa de corpo presente às 8h, também na São José.
A previsão é que às 10h, o cortejo seguirá para o cemitério, Jardim das Acácias.
A família agradece a todas as manifestações de amor, carinho e solidariedade, neste momento de tristeza extrema.
Biografia
Aos 87 anos, José Edmar Brito Miranda, conhecido como Brito Miranda, morreu neste sábado (25), feriado de Natal, em um hospital de São Paulo. Ele era pai do ex-governador do Tocantins, Marcelo Miranda.
No início deste mês de dezembro, ele foi internado na UTI de um hospital particular de Palmas, após sofrer um pico de pressão. Na época, Brito passou por um cateterismo, mas a informação era de que o estado de saúde dele era estável.
Ele foi transferido no dia 19 deste mês para a Beneficência Portuguesa de São Paulo, onde estava intubado, com problemas sérios no coração. Contraiu uma bactéria e não resistiu após uma parada cardíaca.
A morte ocorreu por volta das 16h.
Brito: nome fica marcado na história política do TO
José Edmar de Brito Miranda é um dos personagens mais curiosos da história política do estado. Apesar de nunca ter ocupado cargos eletivos pelo Tocantins, ele era conhecido pela atuação nos bastidores e exerceu enorme influência sobre a trajetória e sobre os governos do filho, Marcelo, que foi três vezes governador.
Brito, como é chamado informalmente, é natural da cidade de Pedro Afonso e foi deputado estadual por Goiás quando a divisão do território ainda não tinha acontecido e o Tocantins era o norte goiano.
Entre os anos 1960 e 1990 ele esteve presente na Assembleia Legislativa de Goiás por quatro mandatos e chegou a presidir a casa entre 1990 e 1991.
No Tocantins ocupou várias vezes cargos de confiança dentro do Poder Executivo. No fim dos anos 1990 se aproximou de Siqueira Campos e se tornou Secretário de Governo durante a gestão dele em 1999, logo em seguida, mudou para a Secretaria de Infraestrutura.
Naquele período, Brito e Siqueira eram considerados políticos próximos e aliados. Em 2002, Siqueira Campos escolheu Marcelo Miranda, o filho de Brito, para ser o candidato da situação à sucessão ao governo. Marcelo venceu a eleição, mas a aliança entre os Miranda e os Siqueira acabou não sobrevivendo ao primeiro mandato. Na eleição seguinte, em 2006, Marcelo e Siqueira se enfrentaram nas urnas e o primeiro saiu vencedor.
Ao longo dos três mandatos de Marcelo, Brito Miranda ocupou cargos no primeiro escalão. Ele é advogado de formação e já atuou como promotor de Justiça. Na equipe de Marcelo, foi Secretário de Infraestrutura por anos e sempre foi considerado um dos principais articuladores da gestão e uma pessoa a quem o então governador ouvia antes de tomar decisões importantes.