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O caso Tel: Call center é liberado para voltar a funcionar, mas operadores mantém alerta diante de pandemia

A Tel Telemática tem cerca de 1,5 mil funcionários. 

Equipe Gazeta de Cerrado

Após 4 dias de paralisação, os atendimentos na empresa TEL TELEMARKETING teriam começado a voltar à normalidade.  A Gazeta confirmou com a vigilância sanitária que após apresentar o plano de contingência contra o Coronavírus e se comprometer a cumprir as medidas, a empresa foi liberada para funcionar com restrições. 

“A Vigilância Sanitária Municipal realizou vistoria nesta terça-feira, 24, na empresa de call center Tel onde foram constatadas as devidas adequações recomendadas pelo referido órgão fiscalizador.Ressaltamos que o serviço prestado pela empresa está classificado como necessário e não pode ser interrompido em sua totalidade”, informou a vigilância à Gazeta.

Funcionários revoltados 

“Isso é um desrespeito com pais e mães de famílias, a empresa hoje suporta 1.600 operadores que atendem o INSS”, informou um dos trabalhadores da empresa. 

“Enquanto todos estão se unindo para que possamos passar por essa pandemia sã e salvos , a empresa novamente  coloca vidas de pais e mães de famílias em risco”, desabafou outro servidor que já está de volta ao trabalho .

Eles defendem outras alternativas de trabalho que não seja na empresa, como o trabalho remoto, por exemplo. “O que me vem na cabeça é: porque o INSS não disponibiliza servidores em seus respectivos locais de trabalho? Quer dizer que o INSS fecha seus estabelecimentos e seus colaboradores podem ficar em casa… Já  os operadores de telemarketing tem que sacrificar”, criticou um grupo de colaboradores. 

A Gazeta ainda tenta ouvir a empresa sobre as alegações dos servidores. O espaço permanece aberto para manifestação da empresa.

Os serviços de call center foram considerados por decreto do governo federal como essenciais. No entanto é necessário estratégias de prevenção contra o Coronavírus. 

A interdição

A Vigilância Sanitária de Palmas interditou a empresa na última quinta-feira (19) depois que funcionários realizarem protestos contra as condições de trabalho em meio a pandemia de coronavírus. 

Durante a inspeção ficou constatada a falta de produtos para a higienização das mãos e das superfícies. As estações de trabalho ficam lado a lado e boa parte dos objetos são divididos entre várias pessoas.

A prefeitura disse que pediu que a empresa apresentasse um “plano de contingência e execução”, para resolver todas as situações apontadas. Segundo a nota da prefeitura, isso não foi feito no prazo e por isso a Tel Telemática teria sido interditada.

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