O Brasil foi um dos países onde o remédio foi testado – nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Bento Gonçalves (RS).
No resto do mundo, os testes foram realizados em mais de 170 países, segundo a MSD, como Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Egito, França, Alemanha, Guatemala, Israel, Itália, Japão, México, Filipinas, Polônia, Rússia, Sul África, Espanha, Suécia, Taiwan, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos.
5) Há efeitos colaterais?
A empresa não especificou quais, mas disse que efeitos colaterais foram relatados por ambos os grupos no estudo. Eles foram ligeiramente mais comuns no grupo que recebeu o comprimido inativo (e não o do remédio).
6) Ele já foi liberado para uso?
Ainda não. A Merck – nome da MSD nos Estados Unidos e no Canadá – informou que solicitaria autorização de uso à FDA (espécie de Anvisa americana) nos próximos dias.
7) Será vendido em farmácias?
Ainda não se sabe. Se liberado, o medicamento seria o primeiro em formato de comprimido para o tratamento da Covid-19.
Os medicamentos aprovados nos EUA para a Covid – o antiviral remdesivir e outros três tratamentos com anticorpos monoclonais – têm que ser administrados por via intravenosa ou injeção em hospitais ou clínicas.
Várias outras empresas, incluindo Pfizer e Roche, estão estudando medicamentos semelhantes que podem apresentar resultados nas próximas semanas e meses.
8) Ele funciona em pacientes graves?
Não. Dados de estudos anteriores mostraram que o medicamento não beneficiava pacientes que já estavam hospitalizados com quadro grave.
9) Qual a capacidade de produção da empresa?
A farmacêutica disse que pode produzir 10 milhões de doses até o final do ano e tem contratos com governos em todo o mundo.
O governo dos EUA se comprometeu a comprar 1,7 milhão de doses do medicamento caso seja autorizado pela FDA.
A empresa não divulgou preços, mas anunciou que fechou acordos de licenciamento voluntário não exclusivo com fabricantes de genéricos, para acelerar a disponibilidade do remédio em mais de 100 países de baixa e média renda depois que houver aprovações ou autorização de emergência por agências reguladoras locais.