A obra do Cristo Redentor, localizada no Morro do Chapéu, a 50 km do centro de Palmas, deve ser retomada após três anos paralisada. A construção foi interrompida depois que foram descobertos sítios arqueológicos na região. Porém, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) verificou que os vestígios históricos estão a uma distância segura e não serão afetados.

“Esse diagnóstico avaliou os sítios e todo o empreendimento. Foi verificado que parte do empreendimento estaria na área de influência direta e os sítios estariam na área de influência indireta. Portanto não afetaria diretamente os sítios arqueológicos”, explicou o superintendente do Iphan, Marcos Zimmerman.

Apesar da liberação, ainda não se tem previsão de quando a obra será retomada. Pois, a Associação Palmas para Jesus Cristo precisa da doação para tocar a obra. O advogado da instituição, Parrião Júnior, comentou não saber o valor que será necessário porque o projeto está sendo readequado.

“O projeto sofreu alterações estruturais, principalmente com vista à proteção do meio ambiente e a proteção até mesmo do sítio arqueológico. No que se refere a valores, nós iremos buscar ajuda na iniciativa privada para poder dar continuidade nessa importante obra que é de suma importância para o turismo de Palmas e do Tocantins”, comentou.

O alicerce do monumento está montado e fica em um dos pontos mais altos da serra. A estátua terá os mesmos 30 metros do Cristo Redentor original, cartão postal do Rio de Janeiro.

Entenda

Estátua terá os mesmos 30 metros do Cristo Redentor original, cartão postal do Rio de Janeiro. — Foto: Shelen Assakawa/G1

Em março de 2015, a estátua de Jesus, foi embargada a pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A justificativa é de que a construção está localizada perto de sítios arqueológicos, o que poderia causar danos futuros.

Na época, o superintendente do Iphan, Antônio Miranda, comentou que não houve um estudo prévio sobre a construção, e por isso a obra foi embargada. A associação teve um prazo para apresentar o projeto da obras, como também um estudo de diagnóstico.

 Somente após análise do Iphan e o estudo de danos feito por arqueólogo do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), seria possível saber se a obra traria ou não danos à sítios arqueológicos. O anúncio do monumento foi feito durante uma reunião com o ex-governador Siqueira Campos (PSDB), em 31 de dezembro de 2013 no Palácio Araguaia.

Fonte: G1 Tocantins