Com apoio do Governo do Tocantins, por meio da Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), foi realizado na sexta-feira, 11, na Aldeia Suprawahã, da etnia Xerente, localizada no município de Tocantínia, a 80 km de Palmas, a oficina de artesanato indígena Siknō-Côfo, resultado do projeto 10Envolver Akwē Xerente, que foi contemplado pelo prêmio da Lei Aldir Blanc Tocantins.
O projeto ocorreu entre os dias 9 e 11 de junho, contando com a presença da gerente de Fomento e Promoção da Cultura da Adetuc, Núbia Dourado. Durante a oficina, coordenada por Edna Xerente e Valnice Xerente, foram confeccionados os Siknō-Côfo, um cesto que pode ter vários formatos, com ou sem alça, feito com palha de palmeiras. O artefato é usado para guardar frutas ou até mesmo como embalagem para transportá-las.
“Eu sou o cacique desta aldeia e estou aqui no projeto, muito feliz por estar aprendendo o côfo, o siknō, porque para nós é um objeto de valor cultural”, considerou o cacique Kmõmse Xerente.
Para a organizadora do projeto 10Envolver Akwē, a estudante de Engenharia Ambiental, Sikupti Xerente, a iniciativa visa reviver e preservar a cultura de seus antepassados. “Daqui a algum tempo, nós, jovens, vamos ocupar este espaço e precisamos aprender isso para repassar aos nossos filhos e netos. Temos que começar a aprender a arte de confeccionar o Cõfo, pois está se perdendo e o intuito é esse mesmo, trazer de volta e revitalizar a Cultura Xerente”, concluiu.
O presidente da Adetuc, Jairo Mariano, destacou que o projeto tem suma importância para a preservação das tradições da cultura do povo Xerente. “O artesanato indígena é um atrativo bastante apreciado pelos visitantes do nosso Estado. Ele, além de gerar renda para a comunidade indígena, incentiva a produção do artesanato de forma sustentável”, enfatizou o presidente.