Os empresários de Palmas estão cada vez mais menos confiantes com o cenário, conforme demonstra pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins. Em maio foi registrada uma variação negativa de 23,7% em seu índice geral. Se comparado ao mesmo período do ano passado, a variação fica em – 21,8%. O levantamento dos dados foi realizado nos últimos dez dias do mês de abril.

A variação mais negativa foi nos itens que versam sobre a condição atual. Tanto a economia quanto setor registraram um cenário negativo. 60,5% consideram que a economia brasileira piorou e 52,1% disseram que o setor piorou. Já sobre sua empresa, 51,1% dos empresários acreditam que a condição atual melhorou.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, reforça que, assim como aconteceu com os consumidores na última Intenção de Consumo das Famílias (ICF), a percepção ainda mais pessimista dos comerciantes quanto ao nível atual de atividade econômica está diretamente relacionada ao alastramento da crise provocada pela pandemia de covid-19. “Entre as iniciativas para combater o vírus, o isolamento social segue motivando a paralisação de empresas, fazendo com que a grande maioria tenha drásticas reduções em seus faturamentos, com riscos reais de encerrar suas atividades em definitivo”, ressalta Tadros.

De acordo com ele, mesmo com a injeção de liquidez, em diferentes ações, pelo Banco Central, o crédito está “empoçado” no sistema financeiro. “Os bancos ampliaram as provisões referentes à inadimplência, e, com isso, as empresas têm encontrado dificuldades para acessar os recursos. Sem crédito e nenhum tipo de auxílio emergencial, o cenário para os próximos meses é dramático para parte expressiva das empresas do comércio, um dos mais afetados entre os grandes setores da economia”, afirma o presidente da CNC.

A mesma posição é seguida pelo presidente da Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni. “O crédito deve chegar de fato aos empresários. As empresas estão cada vez mais sentindo os resultados negativos da pandemia. Temos que valorizar a vida das pessoas e das empresas, pois as empresas são as molas propulsoras da economia, são elas que geram empregos, renda e também arrecadação para o estado”, ressaltou.

Mesmo com tudo isso, a força de vontade e o espírito positivo marcam a classe empresarial da capital. Com relação aos próximos meses, a expectativa ainda é boa. 66,5% acreditam que a economia melhorará, 70,8% que o setor irá sentir melhora e 77,4% que suas empresas irão melhorar. 61,7% dos entrevistados afirmaram estar com o nível de estoque adequados atualmente.

 

Fonte: Fecomércio