Uma confusão no Hospital Regional de Augustinópolis causou estragos na recepção da unidade durante a madrugada desta sexta-feira (21) e a Polícia Militar (PM) precisou ser chamada. Segundo a corporação, uma mulher de 29 anos ficou revoltada após tentar informações sobre o quadro de saúde da mãe, que estava internada, e ser informada que ela tinha morrido. Com medo de ser agredido, um médico se escondeu dentro de uma sala.

A PM foi ao local às 4h50 após ser informada que uma porta de recepção do hospital havia sido destruída. No local os policiais encontraram parentes de uma paciente que havia acabado de morrer.

Chorando, uma mulher envolvida na confusão disse aos policiais que ela e as irmãs passaram toda a madrugada no hospital tentando saber notícias da mãe. Ela contou que depois de muito tempo o médico plantonista autorizou a entrada de uma pessoa para repassar a situação. Uma das filhas entrou e logo depois voltou à recepção chorando.

Segundo a PM, ao perceber que a irmã chorava por conta da morte da paciente, outra mulher ficou desesperada e empurrou a porta da recepção do hospital para entrar e tentar ver a mãe pela última vez.

Nesse momento, o porteiro da recepção afirmou que não poderiam entrar todos de uma vez sem autorização e tentou segurar a porta. Ao deixar de fazer resistência, parte da porta bateu em um balcão e quebrou. Fotos do local mostram pedaços de vidro espalhados no chão.

O tumulto assustou funcionários e pacientes. A unidade, assim como os outros hospitais estaduais, não possui equipes de segurança.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse que lamenta a morte da paciente, mas “não é conivente com atos violentos” e por isso fez um boletim de ocorrência por vandalismo. Disse ainda que abriu processo para contratação de empresa de segurança para os hospitais. Veja abaixo a nota na íntegra

O médico plantonista afirmou aos policiais que as irmãs ficaram exaltadas “causando pânico nos funcionários e pacientes do hospital”. Ele disse que, por medo de ser agredido, se trancou em uma sala do hospital até a situação se acalmar.

A PM informou que não ficou claro quem foi responsável pelo dano no hospital. Além disso, “devido a delicada situação em que familiares acabara de perder um ente querido e ainda estavam sob forte emoção, a PM orientou aos envolvidos procurarem a Delegacia de Polícia”.

As causas da internação e da morte da paciente não foram informadas.

O que diz a Secretaria Estadual de Saúde

 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que lamenta o óbito da paciente citada, porém não é conivente com atos violentos, como o ocorrido na madrugada desta sexta-feira, 21, ocorridos no Hospital Regional de Augustinópolis. A SES informa que não houve feridos e a direção da Unidade acionou a Polícia Militar (PM) e fez o Boletim de Ocorrência (BO) do vandalismo.

Ressaltamos que a Secretaria abriu processo para contratação de empresa de segurança para as unidades hospitalares, e o mesmo segue em trâmite licitatório, na fase de análise de documentos dos licitantes.

Confusão entre acompanhantes de paciente e funcionários causou estragos no Hospital Regional de Augustinópolis — Foto: Divulgação
Fonte: G1 TO