Quase 50% já pensaram em desistir do Enem 2020

O Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) em parceria com a rede Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Unesco e Visão Mundial, apresentaram nesta terça-feira, 23, o resultado da pesquisa “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus”. O estudo ouviu 33.688 jovens estudantes de todas as regiões do Brasil.

A entrevista foi realizada entre os dias 15 à 31 de maio, com jovens entre 15 a 29 anos, e apresentou a percepção sobre as consequências da pandemia em suas vidas e na sociedade. Foram questionados sobre as consequências da pandemia em áreas como educação, emprego, saúde e bem-estar, bem como suas expectativas para o futuro.  Os dados coletados vão contribuir para pautar o debate público e a construção de políticas voltadas para a juventude.

Para o secretário-geral do Conjuve, Gustavo Gama esta é a maior geração de jovens da História do país. “Serão eles os responsáveis por produzir, na segunda metade do século, um país mais próspero e menos desigual”.

Ensino

A maior parte dos jovens que responderam ao questionário está no ensino médio ou na faculdade. Entre os estudantes, 8 em cada 10 realizam algum tipo de atividade de ensino remoto. Dados apontam que 57% dos jovens consideram que escolas e faculdades devem priorizar atividades para lidar com as emoções e 49% pedem estratégias para gestão de tempo e organização.

As barreiras para a continuidade dos estudos são tamanhas que questionados sobre a volta às aulas após o fim do isolamento social, 28% pensam em não retornar e 49% já pensaram em desistir do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Mesmo antes da pandemia, esta camada da sociedade já se deparava com uma série de desafios. Uma taxa de desemprego de 27%, o dobro da vista entre adultos.  Agora, há o desafio de encarar a educação interrompida e a perda da renda familiar” pontuou Gustavo.

Fonte: Assessoria Juventudes e a Pandemia