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Primeira mulher a nascer em Palmas fala sobre as conquistas e desafios de morar na capital mais nova do País

Amanda Cristina é a primeira mulher a nascer em Palmas - Foto - Deny Oliver

Lucas Eurilio

Palmas completa nesta quinta-feira 20, seus 32 anos e desde sua criação, a cidade recebe pessoas de todos os lugares que ajudaram a povoá-la. Tem baiano, maranhese, paraense, goiano, vários outros povos  e os tocantineses que nesta Terra já moravam e eram completamente esquecidos quando o Tocantins era ainda o Norte Goiano.

O fato é o Estado já avançou muito –  e precisa avançar mais – e a criação de Palmas, em 20 de maio de 1989, se tornou um marco histórico.

A caçulinha do país, a mais nova Capital brasileira, carrega várias histórias. entre elas a de Amanda Cristina Oliveira Silva, primeira mulher e a segunda criança a nascer Capital, no dia 17 de maio de 1991, no Hospital e Maternidade de Palmas.

Ela contou que nasceu um ano depois de Palmério Campos Guedes Feitosa, a primeira criança palmense.

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“Palmas foi criada em 1989, o Palmério nasceu em 1990 e Eu em 1991”. 

No arniversário de Palmas, nossa equipe preparou uma entrevista exclusiva com Amanda. Ela contou quando sua família chegou na Capital, falou dos desafios de morar aqui desde quando nasceu e deixou uma mensagem para a Capital.

Confira abaixo o bate-papo

Gazeta do Cerrado – Quando a família chegou em Palmas?

Amanda –  Meu pai Flávio Oliveira Silva veio 1989 no lançamento da pedra fundamental da capital, e logo depois minha mãe Ivani Viana de Souza veio para Palmas. Eles são de Sítio do Mato, na Bahia. Meu pai foi um dos topógrafos que implantaram Palmas, estava a frente junto com Siqueira Campos comandando as equipes de topografia.

Pai de Amanda, seu Flávio – Foto – Arquivo Pessoal

Gazeta do Cerrado – Qual foi o hospital que nasceu e Como foi crescer em Palmas?

Amanda – Nasci no Hospital e Maternidade de Palmas/Capital.  No começo foi muito difícil, não tinha muita infraestrutura, na quadra 51/504 sul só tinha nossa casa e um vizinho construindo ao lado. Era muito vento e poeira que faltava carregar a gente e as coisas.

Gazeta do Cerrado – Quais as melhores lembranças que tem de viver aqui?

Amanda – Eu amava brincar na feira de bosque, tomar banho e brincar no parque cesamar, ir nos eventos que aconteciam na Praça dos Girassóis. Quando era criança,lembro que  teve show da Angélica, da Xuxa, tinha ôninus gratuitospra gente ir para as praias.

Amanda quando criança – Foto – Arquivo Pessoal

Gazeta do Cerrado – Quais os maiores desafios até hoje?

Amanda – Aqui em Palmas é muito difícil em questão profissional.  Não tem muitas oportunidades, a maioria só funcionalismo público, não tem muito investimento em outras áreas e em indústria pra cidade.

Já no pessoal, eu me considero bastante realizada. Apesar das dificuldades, me considero uma pessoa de sorte e fé. Tenho meu carro que supre as necessidades, tenho dois empregos, fiz cursos e hoje faço faculdade de Enfermagem, vou receber meu apartamento esse ano, tenho minha vida financeira estabilizada, viajo pelo menos duas vezes por ano. Hoje eu moro com com minha mãe Ivani Viana de Souza e meu irmão Pablo Viana Silva.

Gazeta do Cerrado – Qual seu sonho como segunda criança e primeira mulher a nascer em Palmas?

Amanda – Eu nasci e me criei aqui. Quero continuar a ficar por aqui, sendo feliz como sou, formar uma família e ter meus filhos na cidade em que nasci.

Gazeta do Cerrado – Uma mensagem para os 32 anos de Palmas.

Amanda – Palmas minha cidade linda e abençoada, tenho muito orgulho por ter nascido aqui, a cidade tem muito potencial de crescimento e expansão, espero que seja uma cidade ao qual encante a muitos assim como me encantou esses anos todos. E aos que vieram de outros estados em busca de nova perspectiva de vida, que vocês alcancem o que tanto sonham.

Amanda é técnica de enfermagem,atua na linha de frente contra a Covid e faz faculdade de Enfermagem – Foto – Deny Oliver

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