Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado
Os treze suspeitos de participarem de uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos, chegaram ao Tocantins nesta sexta-feira, 22. De acordo com as informações da Polícia Civil, as prisões fazem parte da Operação Aletéia, deflagrada nesta quinta-feira, 21, também no Maranhão e Piauí.
Ainda segundo as informações todos os suspeitos estão presos temporariamente na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, na região norte do Estado. Vários mandados de busca e apreensão também foram cumpridos durante a operação.
As investigações apontam ainda que Antônio Ferreira Lima Sobrinho, conhecido como Antônio Concurseiro, é o principal suspeito de chefiar a quadrilha e já havia sido preso anteriormente por outras fraudes. Sobrinho teria passado em pelo menos 30 concursos, onde ele fazia as provas e repassava os gabaritos para terceiros.
No Tocantins, a suspeita é de que o concurso da Polícia Militar do Estado tenha sido fraudado. As provas foram realizadas em março deste ano e um celular foi encontrado dentro de um banheiro onde as provas estavam sendo aplicadas também em Araguaína, com imagens que poderiam ser do gabarito oficial.
O concurso está suspenso até que o período de eleição suplementar para Governo do Estado seja encerrado no próximo domingo, 24.
A Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Policia Militar para falar sobre a operação e possível cancelamento das probas.
Em nota, a Policia Militar do Tocantins, informou que cabe apenas a Assessoria em Organização de Concursos Públicos (AOCP) planejar e executar as três primeiras fases do concurso público, como firmado no contrato de número 001/2018.
A PM disse ainda que a Comissão do Concurso tem ciência da operação desencadeada pela Polícia Civil e aguarda ser notificada dos resultados do inquérito para os encaminhamentos cabíveis.
Nossa equipe procurou também a empresa responsável pelo concurso, a AOCP, mas até o fechamento desta matéria, não obtivemos reposta. O espaço continua aberto para posicionamento.