Os moradores da Casa do Estudante Renarly Gaspio dos Santos de Arraias, declararam na tarde desta sexta-feira, 1º, por meio de nota, a ocupação de prédio e a paralisação das atividades exercidas no campus da Universidade Federal do Tocantins no município. Os estudantes alegam torta descaso por parte das instituição com os moradores da Casa, que estão sem luz e água. Segundo os manifestantes, não é intencional causar nenhum transtorno aos acadêmicos e a instituição, porém estão cobrando seus direitos.
De acordo com a nota, a casa onde residem os estudantes não comporta os residentes e possuem grandes problemas estruturais, como desgastes da parte hidráulica e elétrica, precariedade nos telhados e nas portas, banheiros sem condições adequadas para uso. “Há infiltrações nas paredes, desgastes de caixas d’Água, quartos improvisados e muitos problemas com as estruturas que são antigas”, consta em nota.
É esclarecido que o Movimento da Casa dos Estudantes está aberto a diálogo com a UFT.
Confira nota na íntegra:
Nota Movimento Casa do Estudante
Os moradores da casa do estudante “Renarly Gaspio dos Santos” UFT/Arraias, vem por meio desta declarar a ocupação do prédio e a paralisação das atividades realizadas neste campus(Buritizinho), devido ao total descaso por parte da instituição para com os moradores. Reiteramos que, não é intencional causar nenhum transtorno aos acadêmicos e a instituição, no entanto, estamos cobrando nossos direitos.
Iniciamos nossos relatos, com as seguintes proposições: Como exigir o básico sendo que, não temos o mínimo? A maior demanda dos residentes é a construção de casa, e isso nos enquadra em uma situação pouco favorável, pois a falta de manutenção no espaço que não é nosso, é consequência de algo que está cada vez mais preocupando tanto nós os residentes que já fazemos parte da Universidade Federal do Tocantins e tanto aos que desejam ingressar.
A casa que residimos não comporta os residentes, e é papel da Universidade garantir e promover nossa permanência, mas não é essa nossa realidade. Temos uma universidade que promove política de bolsas e assistencialismo, mas não se preocupa em fornecer o mínimo aos moradores.
Diante disso, temos grandes problemas estruturais nas casas, como desgaste da parte hidráulica e elétrica, precariedade nos telhados e nas portas, banheiros sem condições apropriadas para uso com janelas e até mesmo vasos sanitários quebrados, há também infiltrações nas paredes, desgaste das caixas d`agua, quartos improvisados e muitos problemas com as estruturas que são antigas.
Com isso, deixamos claro que, há grandes defasagens nas nossas moradias, portanto queremos um espaço para o uso coletivo com qualidade, estrutura e suporte para atender a demanda do nosso campi e as necessidades dos residentes, pois se residem em casa do estudante é por que sua situação socioeconômica o sujeita a isto, então é dever da Universidade Federal do Tocantins garantir nossa permanência, construindo novas moradias desenvolvendo políticas públicas e de assistencialismo para garantir o subsidio desses residentes.
Deixamos bem claro que, o Movimento da Casa dos Estudantes, está aberto ao diálogo com a Universidade.
MOVIMENTO CASA DO ESTUDANTE “RENARLY GASPIO SANTOS”
ARRAIAS/TO
Resposta da UFT
A Gazeta do Cerrado entrou em contato com a UFT para esclarecer a situação. Em nota, a instituição informou que que os pagamentos das faturas de contas de energia elétrica foram realizados, respeitando os prazos estipulados pelas regras da resolução ANEEL 414/2010. Segundo nota, a Prefeitura Universitária junto à direção do Câmpus entraram em contato com a Energisa, empresa fornecedora de energia elétrica, para entender a razão da suspensão no fornecimento de seus serviços à Casa do estudante de Arraias e solicitando que o religamento de tal seja realizado.