Texto: Paulo Teodoro
Em cerimônia realizada nesta sexta-feira, 22/09, representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e de cinco entidades sociais assinaram um Termo de Cooperação com a finalidade de promover o acesso de pessoas com deficiência e em vulnerabilidade social aos cursos de Educação para o Trabalho, Formação Inicial e Formação Continuada oferecidos pelo Centro de Educação e Tecnologia (CETEC) da instituição em Palmas.
Esse acordo será realizado por meio do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) e engloba a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Associação dos Surdos de Palmas (ASP), Centro de Convivência dos Idosos (CCI), Instituto Nossa Senhora de Lourdes (INSL) e Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Tocantins (ADVETO).
O documento prevê uma parceria de dois anos com as instituições, destinando vagas para pessoas com deficiência nos cursos com inscrições abertas no SENAI ou mesmo a formação de turmas únicas com esse público de acordo com as demandas apresentadas. Cursos como Operador de Computador, Assistente Administrativo, Assistente de Recursos Humanos, Mecânico de Manutenção em Motocicletas, Assistente de Contabilidade, cursos técnicos e de Aprendizagem Industrial.
De acordo com o gerente do CETEC, Fabrício Colombo, essa iniciativa representa a consolidação do SENAI não apenas como uma instituição profissionalizante, mas também de inclusão social. “É preciso destacar que esse projeto não tem nem um retorno econômico para gente, mas sim um retorno social, que é superior a qualquer valor econômico”, destaca Colombo. Ele ainda ressalta que estes grupos são excluídos tanto pela sociedade como pelo mercado e que os cursos do SENAI podem ser um diferencial para que eles garantam uma fonte de renda ou até um emprego formal.
Durante a cerimônia, a presidente do Centro de Convivência dos Idosos, Marly Milhomens, pontuou que esse projeto tem um valor muito grande às pessoas com idade avançada. “Esse projeto nos dá oportunidades, pois sabemos que os idosos são deixados de lado, já que o preconceito começa na família e eles se sentem muito úteis quando vão aos cursos”, afirma Marly.
A presidente do Instituto Nossa Senhora de Lourdes (INSL), Maria Eugênia Silveira, destacou que a palavra-chave do programa é parceria. “Nós pertencemos ao mundo onde temos a missão de transformar vidas todos os dias. O SENAI vem com esse programa, esses anos todos, e vai buscando na sociedade aqueles grupos e entidades que têm a mesma causa”, salienta a presidente.
Participaram também do encontro a presidente da APAE, Aparecida Guedes, o presidente da ADP, Rondinellli Moreira, o presidente da ADVETO, Euler Rui Barbosa e a orientadora educacional e interlocutora do PSAI, Roberta Dias Soares.
Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI)
O PSAI foi criado em 1999, em âmbito nacional, com o objetivo de proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência na educação profissional e tecnológica e, consequentemente, no mercado de trabalho, gerando melhoria na qualidade de vida, formação da cidadania e quebra de preconceitos.
O programa entende que educação profissional é mais do que um direito para as pessoas com deficiência e objetiva, com suas ações, ampliar a percepção de diversidade, destacando a singularidade de cada sujeito. Em Palmas, as ações têm se expandido para negros, mulheres, indígenas e idosos e só esse ano já atenderam 26 pessoas com deficiência (auditiva, intelectual, visual e física).