Hoje é comemorado o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racional. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória aos mortos no “Massacre de Shaperville”, em Joanesburgo, na Africa do Sul, em 1960, quando 69 negros foram assassinados e outros 186 ficaram feridos por tropas do Exército durante uma manifestação.
O massacre aconteceu quando 20 mil negros protestavam contra a lei da posse. Esta lei obrigava os negros a portar cartões de identidades, especificando os locais por onde eles poderiam transitar.
No Brasil, a data marca a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial como forma de reconhecimento das lutas históricas do Movimento Negro Brasileiro.
O diretor de Promoção da Igualdade Racial e Etinas da Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins (NCST-TO), Luiz Carlos Benedito, afirma que no Brasil houve um retrocesso na luta pela eliminação da discriminação racial. “O governo Temer acabou com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que tinha status de Ministério e a transformou em um apêndice do Ministério da Justiça”.
Para Luiz Carlos Benedito, com isso a tendência é que a situação da discriminação racial no Brasil se agrave cada vez mais. “Há uma desmobilização total das políticas de promoção da igualdade racial, o que é lamentável sob todos os aspectos”, argumenta o diretor da NCST-TO.