Vacina contra o HPV – Foto – André Araújo/Governo do Tocantins
O mês de março marca um período de atenção especial à saúde da mulher. A campanha ‘Março Lilás’ tem como objetivo, conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino, que é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e a quarta causa de mortes de mulheres por câncer no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O câncer é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.
Segundo o coordenador do serviço de Oncoginecologia do Hospital Geral de Palmas (HGP), João Freire de Almeida Neto, “a importância da conscientização sobre este tipo de câncer, é que na grande maioria das vezes ele pode ser evitado. A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível nas Unidades Básicas de Saúde, dos municípios para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, podendo prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais”.
O especialista acrescenta que “outra forma de prevenção está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação sexual. Além disso, o exame preventivo, conhecido como Papanicolau, deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer”.
Vale destacar que a vacina contra o HPV não trata as infecções causadas pelo vírus. Nos casos em que a doença já foi detectada, é preciso iniciar o tratamento específico para cada caso, buscando sempre orientação médica adequada. Outro fator a ser destacado é que, mesmo que o esquema vacinal esteja completo, o uso do preservativo nas relações sexuais não pode ser negligenciado.
Diagnóstico
A avaliação ginecológica, a colposcopia e o exame citopatológico de Papanicolau realizados regularmente e periodicamente são recursos essenciais para o diagnóstico do câncer de colo de útero. Na fase assintomática da enfermidade, o rastreamento realizado por meio do Papanicolau permite detectar a existência de alterações celulares características da infecção pelo HPV ou a existência de lesões pré-malignas.
Dados da Gerência da Rede Oncológica da SES-TO apontam que entre 2021 e 2022 o Tocantins apresentou 154 novos casos de câncer de colo de útero. No Estado, as pacientes são acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACONS) do HGP e no Hospital Regional de Araguaína (HRA).
Sintomas
Nas fases iniciais, o câncer de colo de útero é assintomático. Quando os sintomas aparecem, os mais importantes são: sangramento vaginal especialmente depois das relações sexuais, no intervalo entre as menstruações ou após a menopausa; corrimento vaginal (leucorreia) de cor escura e com mau cheiro. Nos estágios mais avançados da doença, outros sinais podem aparecer como massa palpável no colo de útero; hemorragias; obstrução das vias urinárias e intestinais; dor lombar e abdominal; perda de apetite e de peso.
Fonte – Ascom SES-TO