Testemunhas relatam que a vítima de Praia Norte teria ingerido bebida alcoólica durante a noite, e depois ido para o rio.

Um homem de 40 anos tornou-se a 46ª vítima de morte por afogamento no Tocantins, neste domingo, 22. O caso foi em Praia Norte, no extremo norte do estado, cerca de 260km de Araguaína. Ele estava com amigos em um acampamento na Praia de São Francisco, às margens do Rio Tocantins.

Segundo algumas pessoas relataram aos bombeiros militares, Genisval Pinheiro da Silva teria ingerido bebida alcóolica durante toda a noite e na madrugada de sábado, 21, para domingo, 22. Ao amanhecer, foi mergulhar no rio. Pouco depois, os amigos não o avistaram mais.

Os bombeiros da 3ª Companhia, em Araguatins, foram acionados para as buscas. Assim que chegaram ao local do afogamento, foram informados que pescadores ribeirinhos já teriam encontrado o corpo de Genisval a dois metros de profundidade.

O corpo do homem foi retirado pelos bombeiros e levado para o cais da cidade, facilitando o acesso do Instituto Médico Legal (IML). E em seguida, da Perícia.

Estatística

Levantamento realizado pela Gerência de Monitoramento da Defesa Civil Estadual, destaca que 47% das vítimas de afogamento ingeriram bebida alcoólica antes de entrar na água. Em 90% dos casos, os homens são os que mais se envolvem neste tipo de ocorrência.

No primeiro semestre deste ano, o Tocantins registrou 42 mortes por afogamento. Em abril foi a maior quantidade, com 09 casos. Seguido por maio, com 07 e fevereiro com 06.

Desde julho, já são mais quatro afogamentos, totalizando 46 vítimas.

Atualmente, o Corpo de Bombeiros Militar, com apoio da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), está realizando o Curso de Formação de Agente Municipal de Prevenção aos Afogamentos, voltado para servidores das Defesas Civis Municipais e Agências Municipais de Turismo.

O projeto é inédito no Brasil e visa, com a formação dos agentes e por meio de sinalização nos locais de banho, como rios, represas, lagos, praias e balneários em todo o Tocantins, orientar os gestores e banhistas sobre profundidades e os limites onde se pode nadar, proibições de saltos de locais elevados, travessias de um ponto a outro e o uso de coletes salva-vidas.

O curso em andamento atende onze municípios. Contudo, na próxima etapa, mais Prefeituras podem inscrever seus servidores.

Crédito: Divulgação/CBMTO