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13 de maio: um Tocantins social e da cultura popular além da política também precisa de protagonismo e ser pautado

De Muricilândia/ Maju Cotrim

A Gazeta amanheceu aqui em Muricilândia, norte do Tocantins. Cidade que tem um dos principais eventos culturais que sempre tinha á frente a líder Dona Juscelina (In memorian). Ela faleceu ano passado deixando a comunidade comovida em razão de sua liderança de décadas. Ela foi inspiração e um dos seus legados é justamente o tradicional festejo que acontece esta semana com palestras, filmes e muita manifestação cultural.

Aliás, o Festejo é uma das principais manifestações culturais do norte do Tocantins que assim como a Romaria do Bonfim, por exemplo, é embalado por muita fé e mobilização da comunidade que junto com a prefeitura faz tudo.

Aliás o papel da prefeitura é fundamental mesmo: dá total apoio através do prefeito Alessandro Borges que trabalha pessoalmente junto com toda sua família para que cada detalhe saia 100%. O Festejo este ano tem um clima diferente e traz um simbolismo que move a comunidade : em breve ele deve acontecer já na Praça sonhada pela Dona Juscelina. O recurso de meio milhão foi conseguido pelo senador e líder no Congresso, Eduardo Gomes, filho do saudoso, Zé Gomes, patrono e defensor da cultura regional.

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O Festejo celebra liberação e acima de tudo consciência. Pauta culturalmente um Tocantins que sabe que ainda tem amarras que precisam ser rompidas quando o assunto é igualdade racial e valorização cultural dos quilombos.

Um Estado culturalmente rico não pode só ter no centro dos debates e coberturas o processo político. As manifestações culturais do Tocantins merecem destaque e ser pautada e acima de tudo também prestigiada.

Um Tocantins com mais de 70% da sua população negra e ainda com cenário infelizmente de necessidade diária de combate ao racismo e de implantação de ações afirmativas precisa ser enxergado.

A Gazeta está aqui fazendo sua parte como veículo que pauta o Tocantins e na torcida para que o meio institucional, órgãos e todos os políticos, mesmo em ano eleitoral, não deixem  de prestigiar, participar e valorizar aspectos culturais que mobilizam comunidades inteiras como esse.

O 13 de Maio é ainda uma data histórica carregada de reflexões que precisam ser debatidas e envolver todos os setores. Que a memória e legado de Dona Juscelina ajudem o Tocantins a cada dia ser um Estado mais inclusivo e com menos  desigualdades.

Dona Juscelina: presente!

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